Às 6h15, acordo semeando sonhos, novas ilusões para os novos homens de cada dia. Sementes. Muitas não frutificarão, cortadas pela foice frequentemente violenta do cotidiano. Outras secarão, ou serão contaminadas por desilusão já nas primeiras 24h. Mas, aqui e ali, num canteiro despreocupado, algumas sementes vão vicejar. Superando a impossibilidade, vão se desenvolver. Dia a dia, silenciosamente no início, vão ganhar força. E há de nascer ao menos um poema.
Um poema cuja simples vontade de nascer será mais bela que os próprios versos.
P.R.Barja
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