Composta aos 17 anos, a "Valsa Antiga" foi a primeira de várias valsas que fiz (sempre adorei valsa ao piano). Mas ficou esquecida por 25 anos... no dia em que lembrei da existência da valsa, corri pro piano e toquei antes que esquecesse de novo. Taí:
VALSA ANTIGA (Valsa n.1)
A música nova
que eu canto agora
já não é mais nova:
perde nesse instante
o ritmo inconstante
- a última prova
de que ela era nova.
Brisa amanhecida
logo adormecida
ao vento entardece;
no silêncio, cresce
a nuvem de angústia
por não conseguir
criar nada novo.
As palavras ditas
e as notas cantadas
são nuas e mudas,
não dizem mais nada...
e o verso perfeito
torna-se desfeito
pela ação do tempo
... e os três tempos tristes
desse meu compasso
despretensioso
são meus inimigos:
ex-música nova,
agora uma valsa
num álbum antigo.
Paulo R. Barja
Dom (dádiva) do PAI, do pai! Parabéns pelo talento que vem sendo lapidado ao longo dos anos, afinal, você era apenas um menino, e a sua "menina" ficou guardada na gaveta da memória e hoje, madura, se mostrou ainda mais bela! Abraço, Rose!
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