Como levar-te, Amor, delicadeza?
Como fazer pra ver o teu sorriso?
Como saber do que mesmo eu preciso?
Como aparar - sem dor - qualquer rudeza?
Embalo em cores o teu dia-a-dia
... mas queres preto e branco? Tudo bem.
Não queres carro? Vou te ver de trem.
Não queres prosa? Levo-te poesia.
Deixo dourar, no forno dos afetos,
fatias finas de verso integral
(a massa é clássica e os grãos, concretos);
Delicadeza assim, medieval,
é como as asas de belos insetos:
por vezes tocam e não fazem mal.
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