Nasci e vivo nesse (patético?) modo “continuamente ligado”.
Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus
igualmente, meus sentidos se aguçam, intensificam, mostrando que não é possível
desistir do ser humano.
Procuro ser comedido: respeito as falsas distâncias imaginadas
pelos outros, até porque não desejo assustar ninguém.
Mas não finjo entender – e este é o ponto fraco que tem me
levado à maioria das encrencas. Tentando ser honesto com os outros, muitas
vezes sinto a alma ampliar-se livremente para além de mim, numa espécie de planície
espiritual.
Não deixo nada pra lá. Meu cérebro não tem trancas: assim escuto,
assim respondo.
E ninguém é bronco demais que não perceba que estou
integralmente ali.
P.R.Barja
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