(não apenas em época de eleição)
Quanto ao comportamento dos jornais brasileiros (a Veja também), o (grande) jornalista Aloysio Biondi destaca uma espécie de sucateamento no jornalismo brasileiro entre final de 98 e início de 99, coincidindo (mas será que existem coincidências?) com a privatização das telecomunicações. A partir daí, títulos de artigos de articulistas como o próprio Biondi eram alterados ou então maquiados, com as informações relevantes sendo jogadas para escanteio (retiradas do título e do lead), entre outros absurdos que podem até ser hilários, dependendo do contexto.
De lá para cá, em resumo, temos espaços“oficiais” para isso ou aquilo na mídia, mas também há um monte de opiniões e matérias simplesmente proibidas pelo jornal (um exemplo é o eterno tema-tabu do filho de FHC com a jornalista da Globo).
Inevitável uma certa nostalgia do que muitos de nós não tivemos: quem curte Nelson Rodrigues, por exemplo, pode verificar quantas vezes as crônicas dele (inclusive as esportivas) já enveredaram por política, mesmo no Globo... sim, claro, ele não era “de esquerda” (haha) - mas o respeito não escolhia página, se é que me entendem.
Paulo R. Barja
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