21 de outubro de 2011

Justiça igual para todos

Após 25 anos, o sentimento é de profunda tristeza - infelizmente não há muito o que comemorar.
Mas a esperança na vida renasce quando pensamos que, a partir de agora, doutores sabem que poderão pagar por seus crimes com a cadeia:


18 de outubro de 2011

Poema-resposta (não precisa selar)


TRILHA QUE SE INICIA

preciso confessar: estou feliz
aqui, mesmo correndo sem parar
feliz por perceber que assim, aos poucos,
aprendo a me deixar emocionar
a cada perspectiva de um encontro,
a cada nova chance pra inventar

encontro representa interferência
e chance de real transformação;
celebro, a cada encontro, a própria Vida,
em corpo e alma sinto integração;
encontro é construir conjuntamente:
é fonte para toda criação

por isso é que celebro cada encontro:
encontro o que há de mais sagrado em mim;
a gente toca a gente e, desse encontro,
poesia nasce, cresce e não tem fim
- por isso é que respondo o teu convite
  dizendo para o Mundo todo: "SIM" !


para Andréa Mourão e toda a equipe do Trilha Arte Factu

15 O - Arte política em SJC (Vídeo - parte 2)

Segunda parte do vídeo com trechos da manifestação realizada na manhã de 15/10/2011 em São José dos Campos. Estudantes e artistas unidos na luta por uma cidade melhor:


15 O - Arte política em SJC (Vídeo - parte 1)

Acabamos de postar no YouTube a primeira parte do vídeo com trechos da manifestação realizada em frente à Praça Afonso Pena, em 15/10/2011, unindo artistas e movimento estudantil - arte política, por uma cidade melhor:

15 de outubro de 2011

15O em São José dos Campos

Fotos do 15O joseense - Arrumando o caminhão de som, sem medo de expor a indignação. Na pauta: poesia, notícia e cantoria - chuva pra gente é refresco!


Não estamos mortos...

Super salário não!

"Eu perguntei a Deus do céu: por que tamanha corrupção?"

Em breve, o vídeo no Youtube - se você também acha que tá mais que na hora de se posicionar diante de tanta coisa que tá acontecendo por aqui, venha com a gente!

11 de outubro de 2011

Desmascarando a mentira

Prezados,

indico a leitura da nota abaixo:


É por isso que eu digo: temos que estar sempre atentos!
Saudações cidadãs,
Paulo Barja

9 de outubro de 2011

"O Piano" (homenagem à mestra)



Eis a  letra da canção:

O PIANO

Há um piano à beira do mar:
é necessário voltar.
Há um mistério mudo no ar:
sonho me faz recordar.

Doce é o meu farol:
nada de mal me alcança.
A tempestade lança
seus raios sobre mim,
mas toco e vejo sol.

Há um chamado, como um cantar;
vem lá do fundo do mar.
Há um piano esquecido lá,
em silêncio, a repousar...

Dulce é meu farol:
nada de mal me alcança.
A tempestade lança
seus raios sobre mim,
mas toco e vejo sol.
(Paulo R. Barja)

7 de outubro de 2011

Produção artística e difusão literária - por um debate aberto

Prezados amigos, escritores e/ou acadêmicos joseenses,
   Nas últimas 24h, recebi - de 4 fontes diferentes - essencialmente a mesma mensagem, apresentando edital aberto pela Prefeitura de SJC no final de setembro.
   Transcrevo aqui o email recebido:

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Enviada em: Quarta-feira, 5 de outubro de 2011 16:15
Assunto: Início do período de cadastramento para autores residentes no município de São José dos Campos

Caros autores,
Boa tarde!
No dia 03 de outubro de 2011, teve início o processo de cadastramento de autores residentes no município de São José dos Campos, na Secretaria Municipal de Educação.
Esse cadastramento ocorrerá até o dia 14 de outubro. (Por gentileza, verificar detalhes do processo de inscrição no Anexo - Edital nº 06).
A abertura do processo de cadastramento pretende contemplar a primeira etapa da execução da Lei Municipal nº 8368/11, que dispõe sobre a criação do Programa de Valorização dos Autores de Livros residentes no Município. Pedimos, por gentileza, que leiam os detalhes no Edital em anexo. Ressaltamos que as informações também serão divulgadas no site oficial da Prefeitura. Sem mais.
Atenciosamente,
Mirian Menezes de Oliveira
Orientadora de Componente Curricular do Programa Sala de Leitura
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   Por considerar de extrema importância essa iniciativa, fui ler o edital, que assim descreve o que se espera dos projetos inscritos:

"Projeto, contendo Plano de Ação, contemplando atividades artísticas como teatro, música, pintura, desenhos, histórias em quadrinhos, saraus, hora do conto e teatro de fantoches."

   Ao ler, pensei: ah, posso convidar artistas que se interessem em ajudar a difundir a literatura de cordel nas escolas joseenses junto comigo. Vamos fazer algo realmente bom - e comecei a pensar em gente da melhor qualidade para essa empreitada. Então liguei para o telefone indicado no próprio edital para "informações adicionais" e perguntei:

- Por favor, qual a ajuda de custo que será oferecida aos escritores e aos artistas participantes do projeto?
   Resposta:
- Não haverá nenhuma ajuda de custo. O edital prevê apenas a divulgação das obras literárias.

   Agradeci a informação, desliguei e fiquei pensando: puxa, será que se esqueceram de que escritores, atores e músicos tem gastos com transporte? Precisam comer, se vestir, e para isso trabalham...
   Aos que pensam que devemos fazer tudo "por Amor à Arte", respondo: fazemos isso todos os dias, cada um do seu jeito - inclusive dentro da sala de aula! Mas, embora o Amor alimente, inverto aqui a (sempre atual) frase dos Titãs para lembrar que "a gente não quer só diversão e arte": comemos, pensamos - e, pior ainda, ainda nos arriscamos a questionar, por acreditar na construção conjunta  (dialética, democrática) de um modelo efetivo de política cultural em nossa cidade.
   Proponho aqui uma reflexão conjunta sobre as seguintes questões:

1) O que se entende por "valorização"? 
(Tem a ver com "trabalhar por valor zero", ou talvez com o conceito de "meritocracia", tal como apresentado na proposta do plano de carreira para os servidores municipais?)

2) Especificamente, o que seria "valorização dos autores de livros residentes no município"?

3) Quais as chances de escritores e artistas serem chamados a contribuir na elaboração de futuras propostas municipais para as áreas de Educação e Cultura?

4) Existe algum risco desse "programa gratuito de valorização da literatura na base do amor à camisa" ser utilizado como peça de campanha política, uma vez que 2012, o ano previsto para implementação, é ano eleitoral?

   Esclareço que não sou filiado a partido político e não proponho aqui uma discussão partidária. Por outro lado, como membro da Academia Joseense de Letras (AJL), tenho o dever de me posicionar, até porque a comissão avaliadora prevista no edital inclui a AJL.
   Sei que o tempo de cada um de nós é valioso, então para ganhar tempo proponho alternativas:

1) Que tal um edital para formação de Estantes de autores joseenses em todas as escolas e bibliotecas municipais? A prefeitura pode avaliar e comprar os livros ou obras que considere de excelência para a formação educacional dos jovens da cidade.
(obs.: este ano já foram implantadas várias "cordeltecas joseenses" em municípios de SP e Paraná, com apoio do governo federal, porém é dada prioridade a municípios com baixo IDH, pois entende-se que cidades como São José dos Campos apresentam condições de bancar iniciativas semelhantes).

2) Outra proposta seria um Cadastro de artistas que se disponham a apresentar em escolas obras vinculadas à literatura, recebendo para isso um cachê adequado. Sei de muitos grupos joseenses que tem desenvolvido esse tipo de trabalho, independentemente da prefeitura, graças à sensibilidade de professores e diretores de escolas públicas e particulares. Mas é claro que seria bom contar com o apoio da administração municipal.

3) Futuros editais da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) poderiam incluir especificamente uma categoria Literatura, voltada para criadores literários que apresentem propostas de atividades como palestras, encontros literários e rodas de leitura, atuando assim na difusão da literatura em nossa cidade.

   Creio que muitas cabeças pensam (muito) melhor que uma. Assim, minha ideia com esse texto é apenas propor a abertura de um debate franco e democrático sobre a efetiva valorização da literatura e dos criadores artísticos em nossa região. Por favor, contribuam com ideias, questões, propostas...
   Saudações cordelísticas,
Paulo Roxo Barja

5 de outubro de 2011

Precisão

(para o amigo Moacyr Pinto)
 
O sapo, quando ele pula
Não pula por boniteza
Mas pula por precisão

Nas ruas, o cidadão
Não corre por boniteza
Mas corre por precisão

O homem que está com fome
Não come por boniteza
Mas come por precisão

A nossa indignação
Não nasce por boniteza
Mas nasce por precisão
 
Se a dor ensina a gemer,
Tão grande quanto a esperança
É nosssa resolução:
Ninguém precisa sofrer
Por medo de ver mudança
- que venha mudança então!