29 de maio de 2013

Pela mesma estrada


Acordei cedo. O coração pulsava
com a certeza crua, cristalina:
disse o poeta uma grande verdade
- nossa existência é sempre Severina.
 
Por isso existe solidariedade:
nasce da força da compreensão
de que nos molha a mesma tempestade
que molha o corpo de qualquer irmão.
 
Já nem importa se nos conhecemos:
desde o princípio, somos como grãos
no mesmo solo, desejando a vida
- a vida-chuva que nos faz irmãos.
 
Assim seguimos pela mesma estrada
- de carro ou ônibus, de jegue, a pé -
com muitos sonhos e a mesma esperança.
Somos movidos por Amor. E fé!
(P.R.Barja)
 

27 de maio de 2013

Poemas, Causos e Cantorias - em São Bento do Sapucaí

Seguem algumas fotos da viagem a São Bento do Sapucaí para a apresentação dos "Poemas, Causos e Cantorias":
 







 
Eita jornada boa! Até a próxima!
 
 

23 de maio de 2013

A Ilha de Fliperamática (Isabel Barja)

   Era uma vez uma menina chamada Fliperamática. Ela vivia numa ilha. Nessa ilha tinha um mar enorme com vários peixinhos, e muitas gaivotas no céu. Nessa ilha não existia noite, só o dia, e sempre era verão, mas só tinha um problema: ela tinha muita saudade de sua terra, porque quando tinha nove anos, ela fugiu de lá e foi aonde o vento a levasse. Mas apesar disso ela gostava muito daquela ilha, pois era um lugar de alegria, paz e um lugar muito calmo também.
   Um dia, quando ela estava nadando na praia, ela viu um helicóptero e pensou: "ué, nessa ilha... é um lugar tão calmo, ela nem está no mapa!"
   E enquanto ela pensava o helicóptero pousou na ilha.
   E então uma pessoa disse:
   - Filha, é você mesmo?!!
   E então a menina ainda pensativa disse:
   - O QUÊ?
   E então a pessoa ainda feliz disse:
   - Filha, sou eu, o seu pai!!
   E então Fliperamática sorridente disse:
   - PAI!!!
   Quando Fliperamática descobriu que aquela pessoa era seu pai, eles voltaram juntos no helicóptero para casa e viveram felizes para sempre.
 
Isabel Barja (9 anos)

20 de maio de 2013

Boal e a nova imprensa

 
A imprensa independente existe - e existe apesar de certos ideólogos.
A imprensa independente existe em milhares de pequenos postos a partir dos quais se difunde.
Somos nós, os independentes, os sem-partido...
Os que fazem Teatro-Fórum em cada canto do Brasil e do mundo!
Os blogs proliferam e a cada dia fica mais difícil esconder as verdades e sustentar as mentiras.
Melh
or assim...
Ah, mas essa "imprensa independente" também É comprometida com interesses: todos somos!
E é fundamental ser comprometido com os interesses dos oprimidos e daqueles que vivem nas Zonas Proibidas bem descritas por Hakim Bey.
Já dizia Boal sobre a luta diária de Davi contra Golias: quem não pega nas pedras e se diz "imparcial", na verdade assume o papel de aliado do gigante.
Boal, inspire-nos sempre!
E que inspiremos sua força renovada em nós.

19 de maio de 2013

Duas dicas

 
não colem rótulo:
sou de teflon
não digam "ósculo":
beijo tá bom!
(P.R.Barja)
 
 

Soneto Molecular

 
Com as moléculas também aprendo:
são vários átomos interagindo.
Vibramos juntos nesse mundo. É lindo
e agora mesmo está acontecendo.
 
Os átomos também são coletivos:
elétrons, prótons, nêutrons, todos juntos
- e há muito mais aí, outros assuntos
que dizem num só coro: estamos vivos!
 
Então é isso: não se está sozinho
em hora alguma nessa nossa vida
- somos partículas acompanhadas.
 
A cada passo do nosso caminho,
imprime-se a passagem só de ida
- e percorremos todas as estradas.
 
(P.R.Barja)
 

NOTAÇÃO MUSICAL

(possível letra de música)

P  e  s  s  o  a  s         l  e  v  e  s
s ã o       S E M I B R E V E S :
s  e  m  p  r  e       c  a  l  m  a  s
n  a    c  l  a  v  e    d  e    s  o  l
o   u      n   a      n   e   v   e  .  .  .
 
Pessoas muito muito muito muito mais confusas
são semifusas  sim semifusas  são semifusas  sempre semifusas
juntam-se na partitura, exército espremido
voo do besouro percutindo em nosso ouvido
 
"Mas como as fusas são atrapalhadas!
Se mínimas virassem e outras notas esperassem..."
- comentam as colcheias espantadas
a cada dupla de semicolcheias que ali passa
 
Mas eu não dou a mínima
pra essa notação:
você traz harmonia
ao meu diapasão!?
 
Estou certo, certíssimo
de que, na minha pauta,
há um canto fortíssimo
quando você não falta!
 
Saiamos do compasso;
fujamos dos algozes...
o que soa no espaço
é "fuga a duas vozes"!

Poeta não abusa:
permita que eu te enleve!
Não fique semifusa:
façamos  S E M I B R E V E . . .
 
(P. R. Barja)
 

LÁ E CÁ

(uma possível letra de música)
 
sim, eu tenho andado estrábico:
quem me viu e quem me vê!
dispensa algarismo arábico
a explicação do porquê:
 
um olho meu segue a estrada
o outro segue você
um olha a noite estrelada
o outro vê estrela em você
um faz a escolha acertada
o outro escolhe você
um gosta da madrugada
o outro gosta de você
 
um olho sai pelas ruas
o outro não sai de você
um vagueia na calçada
o outro vaga por você
um olho é pura risada
o outro chora por você
um não vê mais quase nada
o outro enxerga você
 
fique bem na minha frente:
cara a cara, eu e você.
percebeu que é diferente?
feche os olhos. você vê?
 
(P.R.Barja)
 

18 de maio de 2013

Soneto libertário ao homem-prego

 
Começo a entender o Plínio Marcos:
há muitos homens-prego nesse mundo!
Gente que nunca viveria em barcos.
Que falta faz o sábio vagabundo!
 
Os homens-prego prendem-se a paredes
formadas por certezas obsoletas.
São peixes presos pelas próprias redes.
Vontade de acorda-los com cornetas!
 
Encontro o homem-prego em sua sala,
que até parece caixa. Quando eu entro,
já vou dizendo logo: faça a mala!
 
Abrir a caixa é coisa que se adora.
Pra que viver trancado assim por dentro?
A vida é festa em casa e também fora!
 
(P. R. Barja)
 

haikai de barbearia


vida é isso, não discuto:
a barba de uma semana
é cortada num minuto
(P.R.Barja)
 

aí sim

 
...e se não houver
outra opção?
Aí é que eu faço
canção!
 
(P.R.Barja)
 

17 de maio de 2013

Os verdadeiros heróis também se divertem


“Nas fuças do falso moralismo analgésico do mundo contemporâneo, erigiremos uma galeria com os bustos de nossos antepassados, heróis que mantiveram viva a luta contra a má consciência, mas que também souberam se divertir: um genial banco de genes, uma categoria rara e difícil de se definir, grandes mentes não apenas para a Verdade, mas para a verdade do Prazer, sérios mas não sóbrios, cuja disposição ensolarada não os tornou indolentes, mas aguçados. Brilhantes, mas não atormentados.”

- Hakim Bey, no apêndice B de Zona Autônoma Temporária

Amor Obsessivo (por Hakim Bey)

(texto original de Hakim Bey; tradução: P.R.Barja)

Uma "dialética áspera" nos leva a perceber um gosto impuro na História: sob uma operação de escavação, localizamos uma coleção de antiguidades suprimidas e realizadas – práticas tolas, obsoletas e insatisfatórias como o "Amor Obsessivo". A ideia de Romance é romana apenas no sentido de que foi trazida (de volta) à Europa por Cruzados e Trovadores. A paixão enlouquecida e sem esperança aparece pela primeira vez em textos orientais, como no Anel da Pomba de Ibn Hazm (na verdade uma gíria para para o pênis circuncidado) e nas primeiras versões de Layla e Majnun do Arabistão. Os sufis se apropriaram da linguagem desse tipo de literatura, erotizando assim ainda mais uma cultura e religião já erotizadas.

Mas se o desejo permeia toda a estrutura e o estilo do Islã, continua no entanto a ser um desejo reprimido. "Aquele que ama, mas permanece casto e morre de saudade, alcança o status de um mártir na Jihad", ou seja, chega ao paraíso – ou assim diz a tradição popular (mas talvez espúria) do próprio Profeta. A tensão cortante desse paradoxo cristaliza uma nova categoria de emoção na vida: o amor romântico, baseado no desejo insatisfeito, na separação em vez da união, isto é, em saudade. O período helenístico (como evocado por Kaváfis, por exemplo) forneceu os gêneros para essa convenção – o "romance" em si, o idílio e a lírica erótica – mas o Islã lançou nova luz para as velhas formas com seu sistema de sublimação passional. O fermento greco-egípcio-islâmico adiciona um toque pederasta ao “novo” estilo; além disso, a mulher ideal do romance não é nem mulher nem concubina, mas “alguém proibido”, certamente fora da categoria de simples reprodutor(a). Deste modo, o Romance aparece como um tipo de gnose, em que espírito e carne ocupam posições opostas, talvez também como uma espécie de “libertinagem extremada” em que uma forte emoção é vista como mais satisfatória até mesmo do que a própria satisfação. Visto como "alquimia espiritual", o objetivo da coisa parece ser a interiorização de uma consciência não-ordinária. Este desenvolvimento alcançou graus extremos, mas ainda "dentro da lei” com sufis como Ahmad Ghazzali, Awhadoddin Kermani e Abdol-Rhaman Jami, que testemunharam “a presença do Ser Divino” em certos meninos bonitos e ainda assim permaneceram (supostamente) castos. Os Troubadors (trovadores) disseram o mesmo de suas damas adoradas; Dante Vita Nuova representa o exemplo extremo. Tanto cristãos quanto muçulmanos percorreram precipícios traiçoeiros com esta doutrina de castidade sublime, mas os efeitos espirituais, por vezes, podem ser enormes, como com o iraquiano Fakhroddin, Rumi ou mesmo Dante.
Mas não seria possível ver a questão do desejo de uma perspectiva tântrica e admitir que a "união" em si é também uma forma de iluminação suprema? Tal posição foi tomada por Ibn 'Arabi, que no entanto limitava a discussão a “casamento legal” ou “concubinato”. Como o homossexualismo era proibido na lei islâmica, um sufi que amasse garotos não teria a possibilidade legal de realização sensual. O jurista Ibn Taimiyya uma vez perguntou a um dervixe se ele tinha feito mais do que simplesmente beijar o ser amado. "E se o que eu fiz?", respondeu o interrogado. A resposta seria certamente "culpado por heresia!", isso para não falar de formas consideradas ainda mais graves de crime. Uma resposta semelhante seria dada a qualquer trovador de “tendência tântrica-adúltera”, e talvez tenha sido esse tipo de resposta que levou alguns deles para a heresia organizada do catarismo [1].
O amor romântico no Ocidente recebeu energias do neoplatonismo, assim como o mundo islâmico, e a ideia de romance fornecia uma forma aceitável (ainda ortodoxa) de compromisso entre a moral cristã e o “erocosmo” redescoberto da Antiguidade. Mesmo assim, o equilíbrio era precário: Pico della Mirandola e o pagão Botticelli acabaram nos braços de Savonarola [2].
Uma minoria secreta de nobres renascentistas, clérigos e artistas optou firmemente pelo paganismo clandestino, a Hypnerotomachia Poliphilo [3] ou os monstros do jardim de Bomarzo, sugerindo a existência de uma facção ou seita “tântrica”. Mas para a maioria dos platônicos, a ideia de um amor baseado em espera solitária servia a propósitos ortodoxos e alegóricos, em que o sujeito amado só poderia ser uma sombra distante do real (como exemplificado por Santa Teresa e São João da Cruz) e só poderia ser amado de acordo com um “código cavalheiresco” casto e penitencial. A questão central do romance “A Morte de Artur” (de Malory) é que Lancelot não consegue sustentar o ideal cavalheiresco, amando carnalmente Guinevere em vez de se contentar apenas com o espírito.
O surgimento do Capitalismo exerce um estranho efeito sobre a ideia de romance. Só posso expressar isto com uma comparação absurda: é como se o ser amado se tornasse “o investimento perfeito”, sempre desejado, sempre pago, mas nunca realmente adorado. A abnegação do romance se harmoniza perfeitamente com a auto-negação do Capitalismo. Mais do que limitar suas exigências simplesmente à moral ou à castidade, o capital exige escassez, tanto de produção como de prazer erótico. A religião proíbe a sexualidade, emprestando uma aura de glamour à abstinência; o capital remove a sexualidade, mergulhando-a em desespero. A ideia de romance agora é o que leva ao suicídio de Werther, ao desgosto de Byron, à castidade dos dândis. Neste sentido, o romance se tornará a obsessão bidimensional perfeita da música popular e da publicidade, fornecendo um rastro de utopia dentro da reprodução infinita da mercadoria.
Em resposta a esta situação, os tempos modernos têm oferecido dois diferentes vereditos sobre o romance, aparentemente opostos. Um, o amor louco surrealista, claramente pertence à tradição romântica, mas propõe uma solução radical para o paradoxo do desejo, combinando a idéia de sublimação com a perspectiva tântrica. Opondo-se à escassez (ou "praga emocional", como diria Reich) do capitalismo, o Surrealismo propõe um excesso (transgressor) do desejo mais obsessivo e da realização mais sensual. O que o romance de Nezami ou Malory tinham separado (a espera e a união), os surrealistas propunham que se reunisse. O efeito era para ser explosivo, literalmente revolucionário.
O segundo ponto de vista relevante aqui também foi revolucionário, mas “clássico” ao invés de “romântico”. O anarquista-individualista John Henry Mackay desesperou-se com o amor romântico, que ele só podia ver como contaminado com as formas sociais de propriedade e alienação. O amante romântico espera “possuir” ou “ser possuído” pelo ser amado. Se o casamento é simplesmente prostituição legalizada (a análise anarquista usual), Mackay descobriu que o próprio amor havia virado uma mercadoria. O amor romântico é uma doença do ego e sua relação com a “propriedade”; em oposição a isto, Mackay propôs a amizade erótica, livre de relações de propriedade, com base na generosidade em vez de espera e retirada (ou seja, escassez): um amor entre sujeitos autônomos em relação de igualdade.
Apesar de Mackay e os surrealistas parecem opostos, num ponto eles concordam: o amor é soberano. Além disso, ambos rejeitam a herança platônica da “espera sem esperança”, agora vista como autodestrutiva - talvez uma medida da dívida que ambos (anarquistas e surrealistas) têm com Nietzsche. Mackay exige um Eros apolíneo, os surrealistas (claro) optam por Dionísio, obsessivo, perigoso. Mas ambos revoltam-se contra o “romance".
Hoje em dia, estas duas soluções para o problema do romance parecem ainda abertas, possíveis. Talvez a atmosfera pareça ainda mais poluída com imagens degradadas de desejo do que nos dias de Mackay ou Breton, mas não parece ter havido mudanças qualitativas nas relações entre Amor e Capitalismo tardio desde então. Admito minha preferência filosófica pela posição de Mackay porque tenho sido incapaz de sublimar o desejo num contexto de obsessão desesperada sem me sentir miserável e a felicidade (objetivo de Mackay) parece nascer da desistência de falso cavalheirismo e abnegado dandismo em favor de amores mais reais e "pagãos". Ainda assim, deve-se admitir que tanto “separação” quanto “união” são estados não-ordinários de consciência. Desejo obsessivo intenso constitui um “estado místico” que só precisa de um traço de religião para se cristalizar como êxtase neoplatônico. Mas nós, românticos, devemos lembrar que a felicidade também possui um elemento completamente alheio a qualquer aconchego morno-burguês ou covardia insípida. A felicidade expressa um aspecto festivo e até mesmo insurrecional que lhe dá – paradoxalmente – sua própria aura romântica. Talvez possamos imaginar uma síntese de Mackay e Breton – um guarda-chuva e uma máquina de costura numa ópera de mesa – e construir uma utopia baseada “na generosidade, tanto quanto na obsessão” (mais uma vez, vem a tentação de fundir Nietzsche com Charles Fourier e sua “Atração Fatal”); mas, na verdade, eu sonhei com isso (lembro, de repente, como se fosse literalmente um sonho) – e isso assumiu uma realidade tentadora filtrada para minha vida (em certas Zonas Autônomas Temporárias), um tempo-espaço “impossível”... e toda minha teoria se baseia nesta breve pista.
______________________________
[1] Os seguidores do catarismo deviam abster-se da alimentação carnívora, de atividades sexuais, evitar qualquer forma de violência; além disso, não poderiam possuir nenhum bem material (N.T.)
[2] Padre Dominicano que, na Florença do séc.XV, opôs-se fortemente à vida pagã e à imoralidade inclusive (principalmente?) na corte de Lourenço de Médici (N.T.)
[3] Um dos livros mais misteriosos do período renascentista, tendo sido impresso (em grego) no ano de 1499. Inclui diversas passagens oníricas e eróticas, com ilustrações em xilogravura.

16 de maio de 2013

15 de maio de 2013

haikais de infância



ainda criança:
em sonho, revisitei
brinquedos da infância



(delírio total:
 brinquei com tudo de novo
 - e foi tão legal!)


P.R.Barja

14 de maio de 2013

Cordéis Joseenses no Jardim Colonial


Dia 11 de maio de 2013, no Jardim Colonial, teve leitura de Cordéis Joseenses antes da apresentação ao ar livre do documentário "Derrubaram o Pinheirinho", de Fabiano Amorim:



Obrigado, Auira Ariak e Fabiano Amorim!
P.R.Barja

13 de maio de 2013

PARADOXO AMBIENTAL


Aonde vamos parar?
Pedem socorro ao meio ambiente
jogando garrafa ao mar!?!
 
(P.R.Barja)
 

11 de maio de 2013

Entrevista sobre cordéis na Rádio Estadão

Na quinta-feira, 9/5/13, conversei sobre cordéis (e sobre os Cordéis Joseenses em particular) com Marcelo Almeida, na Rádio Estadão.
 

Obrigado ao Marcelo e às pessoas que entraram em contato por conta da entrevista!
Seguimos buscando unir Arte e Cidadania,
abraços,
Paulo
 

7 de maio de 2013

Da Verdade

(P.R.Barja)
 
VINTE anos de ditadura militar:
um tempo em que havia execuções
(quantas? como saber?)
em que "a cúpula ordenava o extermínio"
em que "a ordem era atirar"
- infelizmente, foi a partir DESSA forma
  de se resolver problemas
  que se formou o pensamento de muitos brasileiros,
  alguns dos quais nem nascidos à época.
A verdade é dura: destroi toda visão de "guerra limpa, justa"
e nos obriga a reconstruir
- dentro e fora de nós -
uma nova forma de viver.
Se a guerra (interior, anterior)
nunca foi limpa nem justa,
saibamos construir a paz que o seja.

1 de maio de 2013

Poema anotado

 
Palavras de um professor

(que ama, como outros mortais):
amores não são "amenos":
amores são sempre "A+"!

(P.R.Barja)