Mostrando postagens com marcador Matemática. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Matemática. Mostrar todas as postagens

27 de maio de 2020

Gráficos da COVID19 no Brasil

A seguir, apresento diversos gráficos referentes ao período de 24/3 a 26/5 da COVID19 no Brasil. Todos estes gráficos foram por mim construídos apenas a partir dos dados oficiais. No entanto, nossa estimativa atual diz que o número real de casos em território nacional hoje pode ser nove vezes maior do que o indicado oficialmente, e o número real de óbitos pode ser quase o dobro do divulgado oficialmente. Vamos aos gráficos (tentei deixar os títulos autoexplicativos) :





     Este último dá algum alento: a letalidade parece estar começando o "caminho da descida" até um valor esperado em torno de 1%. Fazendo a projeção, dá para supor que a pandemia estará sob controle por aqui até final de julho. 
     Dois pontos a levar em consideração:  1) essa perspectiva parte da ideia de que o isolamento seja mantido ao longo de junho e julho, mesmo que em nível parcial (atividades nas escolas, nem pensar) ;  2) mesmo "sob controle", podemos chegar no final de julho ainda com centenas de mortes diárias, uma vez que os casos se arrastam pelo tempo (assim como os exames, que possuem uma "janela" às vezes de vários dias entre a realização e o resultado). 
Paulo Barja

14 de maio de 2020

Matéria - Subnotificação da pandemia em São José dos Campos (com áudio)

O link a seguir apresenta matéria publicada no site da Rádio Piratininga após entrevista/bate papo realizado em 13 de maio na rádio. A matéria apresenta parte das minhas declarações, em áudio com o que consideraram os principais trechos:

Matéria sobre isolamento social - jornal "O Vale"



No link abaixo, matéria do jornal "O Vale" incluindo um gráfico e comentários nossos sobre a taxa de isolamento em função do dia da semana:

12 de maio de 2020

VÍDEO: Por que usar máscaras durante a pandemia?

Explicação matemática (e simples!) para a recomendação de que todos usem máscara ao sair de casa durante a pandemia COVID19:



Panorama da Pandemia (com foco no Brasil)


Algumas observações sobre a pandemia COVID19 no Brasil:

1) Em todos os países, espera-se uma curva com formato de sino para o número de casos diários;

2) Esse sino tende a ser simétrico; assim, quanto mais demora pra subir, mais demora pra descer;

3) Em vários países, temos BOA margem de segurança para prever, pois a curva de casos diários já está descendo;

4) Mas (e esse é 1 grande "mas"), na segunda semana de maio, a curva de casos diários no Brasil parece ainda estar subindo

5) Deste modo, ainda não dá pra saber exatamente quando desce ou quando "acaba". Se parar de subir agora, com 2 meses de COVID19 comprovadamente no Brasil, a tendência é que a situação esteja controlada no início de julho.

6) No entanto, nossa grande questão no momento é saber "até onde isso a COVID19 vai crescer e se espalhar aqui no Brasil?"

7) Minha dica (não é previsão, só dica mesmo) é olhar atentamente a curva dos EUA...

8) Estamos umas 3 semanas atrasados em relação aos EUA. Assim, quando começar a cair o contágio por lá, estará se aproximando também a redução aqui, mas com essas 3 semanas de atraso.

Há muitas diferenças entre os 2 países, no entanto:

1) Somos MELHORES do que eles em termos de Saúde Pública - O SUS aqui é BEM melhor que o sistema deles...!
2) Por outro lado, a chegada do frio nos prejudica (enquanto eles estão saindo da pior época em termos de clima, nós estamos chegando)

Sigamos atentos. Siga em casa o máximo de tempo possível.

Paulo Barja

10 de maio de 2020

Matéria do jornal "O Vale" sobre a estatística da pandemia em São José dos Campos

Esta semana, fomos procurados pela equipe do jornal "O Vale" para falar sobre a estatística da pandemia de COVID19 em São José dos Campos e região.

O resultado foi a boa matéria do Xandu Alves, disponível na íntegra através do link:

Número de Casos de COVID19 em São José - Pesquisa UNIVAP

15 de dezembro de 2017

PensaCom 2017 - 2 trabalhos da Univap

   Nesta terça (12/12), estivemos em São Paulo para participar do PensaCom 2017. Reforcei a impressão que tive em 2016 do PensaCom: trata-se de um dos mais interessantes eventos nacionais na área de Comunicação. É particularmente interessante por ser um evento pequeno, concentrado; assim, não há aquela dispersão característica dos "grandes eventos". A sede (o Centro de Pesquisa e Formação do SESC - SP) é excelente, e o evento é gratuito, o que democratiza o acesso aos estudantes.
   Participamos do evento este ano com dois trabalhos:




Ana Leite, aluna - e pesquisadora


Apresentando um primeiro trabalho agregando Modelamento Matemático e Comunicação:
análise temporal da enquete promovida pela Veja sobre o ex-presidente Lula

Quem disse que não pode ter Matemática na pesquisa em Comunicação?
Aqui, mostramos que os simpatizantes de Lula são mais rápidos no voto do que seus opositores.

Com Claudia Lemes - parceria produtiva

   Versões completas destes 2 trabalhos serão enviadas para publicação nos anais do PensaCom. Até 2018!

29 de abril de 2015

Matemática - na Aula e na Vida

Prezados,

como educador, eis alguns pontos que considero importantes:

1) Na maioria dos problemas propostos em Matemática ou Estatística, ao contrário do que alguns pensam, o mais importante não é simplesmente “fazer contas”. Precisamos avaliar criticamente o resultado das contas. Que significa isso? Temos que prestar atenção para ver se o resultado é minimamente consistente com o bom senso. 
Observem este exemplo: “20 alunos responderam uma prova, obtendo as seguintes notas: ............ – A partir destes resultados, calcule a média da turma”. Neste caso, observando-se que as notas variaram de 0 a 10, não é possível aceitar como resultado uma resposta do tipo “65”. NÃO adianta o aluno dizer que esqueceu a vírgula; na verdade, faltou analisar o resultado.
Outro exemplo: é dada uma lista dos números de calçados e, perguntado o valor médio, alguém responde “3,7”. Isso não é número de calçado, gente!
(Não no Brasil, pelo menos).

2) É essencial saber redigir a resposta. NÃO adianta dizer: “ah, prof, a conta está aí, tá óbvio que é o resultado, a gente não tá aqui pra ficar escrevendo” – muito pelo contrário: em algum momento da vida, todos nós teremos que apresentar algum resultado – seja em relatório, seja em palestra, seminário ou mesmo bate papo. E, claro, espera-se que as frases sejam bem redigidas, sem erro de concordância por exemplo.

3) Finalmente: é importante estar pronto a justificar e analisar uma resposta numérica. Não basta dizer “olha, a conta deu esse valor aí”. Se o salário médio nos classificados de um jornal vale “R$1000” e o aluguel médio nos classificados do mesmo jornal vale “R$800”, temos que discutir o grave risco de que pessoas deixem de comer para pagar aluguel. 
E, a partir desta constatação, talvez devamos fazer algo a respeito, não?

Só para encerrar: viva Boal, viva Freire! Saudações,

Paulo Barja

15 de janeiro de 2014

SEM MISTÉRIO (um causo de estatística escolar)


Era uma vez um professor de estatística que, ao final do ano, disse:
- Atendi 54 alunos na minha sala de aula, que tem 48 carteiras...
- ... nenhum aluno ficou em pé durante as aulas...
- ... e nunca pedimos carteiras emprestadas!!!

E aí, como se explica isso?

29 de fevereiro de 2012

Soneto Numérico


Poetas falam muito de infinito.
Do amor que sentem, dizem: “perco a conta”.
Não fazem cálculos, só rimas tontas
e vários versos, mas nenhum bonito.

Poetas mentem. Nenhum é sincero.
“Beijo 1000 vezes...” É, quem conta um conto...
só foram três ou quatro beijos, ponto!
Muito exagero, noves fora, zero.

São quatro-olhos vendo as três-marias.
Pintam o sete. Dizem ler poesia,
mas mal disfarçam sua miopia.

Agora escutem, escrevam depois:
não exagerem ! Num verso de amor,
se “1000” é muito, ainda é menos que “2”.

(Paulo Barja, 2001)

4 de novembro de 2011

Matemática do Amor


Matemática do Amor
é algo meio engraçado:
Amor, quando dividido,
resulta multiplicado

Quando ao Amor é somado
todo o peso do ciúme,
a soma então diminui
e nem sempre há quem arrume

Porém, com a subtração
do egoísmo e da vaidade,
o Amor passa a valer mais
e fica bom de verdade

Alguém pode até pensar:
como Amor é complicado!
Mas quem estuda demais
pode acabar reprovado.

Melhor é deixar fluir,
sem ficar só calculando,
pois Amor, falando sério,
só se aprende mesmo amando.

Paulo R. Barja,
novembro/2011