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26 de agosto de 2014

Um Século, Um Segundo (um poema-ponte entre Física e Comunicação)


Um século atrás:
Física Quântica
(Planck, De Broglie, Bohr, Heisenberg...)
Pacotes de energia
Caráter dual da matéria
(partícula - precisa   ou   onda - difusa ?)
Princípio da Incerteza
(se a gente sabe "onde", não sabe "quando")
A OBSERVAÇÃO afeta O OBSERVADO

Um segundo atrás:
Jornalismo
Pacotes de notícias
Caráter dúbio da matéria
(o fato depende da fonte?)
Padrões de manipulação
(o que couber a gente publica)
A OBSERVAÇÃO afeta O OBSERVADO
(a tal ponto
 que o ato de observar 
 chega a cria novos fatos)

P.R.Barja

19 de maio de 2013

Soneto Molecular

 
Com as moléculas também aprendo:
são vários átomos interagindo.
Vibramos juntos nesse mundo. É lindo
e agora mesmo está acontecendo.
 
Os átomos também são coletivos:
elétrons, prótons, nêutrons, todos juntos
- e há muito mais aí, outros assuntos
que dizem num só coro: estamos vivos!
 
Então é isso: não se está sozinho
em hora alguma nessa nossa vida
- somos partículas acompanhadas.
 
A cada passo do nosso caminho,
imprime-se a passagem só de ida
- e percorremos todas as estradas.
 
(P.R.Barja)
 

29 de fevereiro de 2012

Soneto Numérico


Poetas falam muito de infinito.
Do amor que sentem, dizem: “perco a conta”.
Não fazem cálculos, só rimas tontas
e vários versos, mas nenhum bonito.

Poetas mentem. Nenhum é sincero.
“Beijo 1000 vezes...” É, quem conta um conto...
só foram três ou quatro beijos, ponto!
Muito exagero, noves fora, zero.

São quatro-olhos vendo as três-marias.
Pintam o sete. Dizem ler poesia,
mas mal disfarçam sua miopia.

Agora escutem, escrevam depois:
não exagerem ! Num verso de amor,
se “1000” é muito, ainda é menos que “2”.

(Paulo Barja, 2001)