"Relatório" (feito em cordel) sobre 1 projeto social e educativo desenvolvido por René Novaes Jr (INPE) e diversos parceiros. Viva a pesquisa social e colaborativa!
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6 de novembro de 2019
4 de novembro de 2019
VIDA SEVERINA: um espetáculo necessário
Neste domingo pós-finados, fui ver "Vida Severina ou Tem Muita Gente Neste Barco", peça do Núcleo de Artes Cênicas do SESI SJC, composta a partir da justaposição das obras de João Cabral ("Morte e Vida Severina") e de Matei Visniec (Migraantes), sob a sensível direção de Roberval Rodolfo.
Vou direto ao ponto: vejam a peça! O espetáculo está em cartaz no SESI SJC - e é gratuito. Muito bom. Roberval costurou 1 roteiro simplesmente brilhante: amarrou João Cabral com Visniec para discutir (i)migração.
Trata-se de 1 grupo jovem, amador - sim! E isso é mais uma razão para se acompanhar o trabalho. Há grandes valores individuais e a tendência é crescer como grupo, o que aliás já se verifica, ao longo dos últimos anos.
A música é sempre um ponto importante dos trabalhos do NAC, merece atenção - assim como a garra, a alegria de se saber em cena para um debate importante.
A peça em si é belíssima, um real ato de denúncia e resistência - imperdível e necessária no Brasil e na São José de hoje. Muitos saíram emocionados, mas arrisco dizer que o maior mérito do trabalho é gerar o empoderamento coletivo. Aquela sensação de que, afinal, do lado dos humanistas, "ninguém solta a mão de ninguém". Neste sentido, acho particularmente importante que o trabalho seja prestigiado pelos colegas da classe artística.
Vi ontem, já conto os dias para rever. Parabéns aos envolvidos. E sigamos na resistência lírica através da Arte.
Vi ontem, já conto os dias para rever. Parabéns aos envolvidos. E sigamos na resistência lírica através da Arte.
27 de janeiro de 2019
Aos que ainda insistem em culpar um partido político por tudo
Recebi por redes sociais (onde mais?) pseudoargumentos que tentam atribuir a um dado partido político a culpa pelo segundo crime ambiental (contra a humanidade) verificado neste 25/01/2019, em MG.
Segue o que penso: a simples expressão "fundos de empresas estatais controlados pelo PT" é tão ficcional quanto "fundos controlados por gnomos" ou "fundos controlados por tucanos". É o tipo de falácia que não colabora em nada para esclarecer o ocorrido.
Depois, considero insano "comprar" a ideia generalista de que "tudo isso se deve a uma quadrilha petista que inclui reitores" bla bla bla. Além de ser de um binarismo primitivista nível Bolsonaro (todos aqui podemos ir além disso, por favor), pergunto:
- Alguém aqui conhece algum "reitor petista"? Envolvido em relatórios ambientais fraudulentos, pra completar?
Não sou filiado a partido político algum - nunca achei um que merecesse minha confiança total, mas respeito quem seja filiado a qual sigla for. Mas já passou muito da hora de entender que PRECISAMOS (todos) tomar partido diante da questão REAL. Alguém aqui defende:
- Lucro acima de tudo?
- Uma empresa acima de todos?
Trata-se, como há 200 anos, da (eterna) guerra de classes. O nome do bicho é "capitalismo", e, para este sistema, desemprego e morte são consequências inevitáveis dos processos de maximização de lucros (um estudante na Cantina da Unicamp sabe explicar isso).
Ah, sim: não nos esqueçamos de que TODA corrupção é privada. Absurdo? Não, obviedade: todo diretor de empresa, gerente, chefe de obra, capitão reformado ou deputado que desvia verba ou contrata milícia o faz em benefício pessoal, privado, particular. Desafio algum ser humano a apresentar uma única prova em contrário.
Portanto, privatizar "apenas" acirra os ânimos e gera dividendos aqui e ali, mas jamais reduziu mortes, por exemplo.
Tudo se trata de refletir: o que é mesmo que escolhemos para colocar acima de tudo e todos? O nome "Brasil" para mim não vale a morte de um único cidadão brasileiro. E ontem morremos muitas vezes, pois morreram muitos.
18 de janeiro de 2019
O FUTURO FUZIL
- Agora eu vou ter UM FUZIL!
Ouvi essa frase enquanto aguardava na fila do caixa de um mercado na região central da cidade. A pessoa dizia isso ao celular; tive uma certa impressão de que chegara a levantar a voz, como se quisesse público para sua afirmação.
Não me voltei para ver quem falava. Na verdade minha vontade era sair dali, se possível abrindo as asas e voando sem rumo, para perto das nuvens e longe dessa futura terra de fuzis.
Não sei quem falou aquilo, nem porque falou. Mas reparei: era uma voz de mulher.
#SãoJoséDosTiros
Ouvi essa frase enquanto aguardava na fila do caixa de um mercado na região central da cidade. A pessoa dizia isso ao celular; tive uma certa impressão de que chegara a levantar a voz, como se quisesse público para sua afirmação.
Não me voltei para ver quem falava. Na verdade minha vontade era sair dali, se possível abrindo as asas e voando sem rumo, para perto das nuvens e longe dessa futura terra de fuzis.
Não sei quem falou aquilo, nem porque falou. Mas reparei: era uma voz de mulher.
#SãoJoséDosTiros
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