(para pessoas inspiradoras: Adriana Barja, Eduardo Okamoto, Jair Alves, Tin Urbinatti e tantos outros que são "artistas" porque são "humanos")
"O teatro não é revolucionário em si mesmo, mas certamente pode ser um excelente ensaio..." (BOAL)
"Não digam: 'Este homem não é um artista!' porque, se vocês puserem tamanha barreira entre vocês e o mundo, vocês ficarão fora do mundo; se não lhe derem o título de artista, talvez ele, a vocês, não lhes dê o título de homens (...) por isso digam: É UM ARTISTA PORQUE É UM SER HUMANO." (BRECHT)
A Arte não é revolucionária em si - pode vir a ser um ensaio (importante) para uma revolução. Mas, se "treino é treino e jogo é jogo", não se deve querer que a Arte (o treino) esteja acima da Vida (o jogo real). Assim, não há espaço para arrogância, muito menos para a (falsa) divisão das pessoas em "artistas" e "outros".
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"O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e mulheres
não passam de meros atores." (SHAKESPEARE)
"O homem é um animal político." (ARISTÓTELES)
O ser humano é um ser político. O ser humano é um ser artístico.
O ser humano também é um ser social: não pode fazer só para si.
Como aquele-que-faz-política, aquele-que-faz-arte é um servidor.
Quando consciente disso, tem a vantagem de poder escolher a quem serve.
O ser humano também é um ser social: não pode fazer só para si.
Como aquele-que-faz-política, aquele-que-faz-arte é um servidor.
Quando consciente disso, tem a vantagem de poder escolher a quem serve.
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"Não se entra no mesmo rio duas vezes." (HERÁCLITO)
Se Arte é ensaio (como diz Boal), quem faz Arte é aquele que treina, ensaia, trabalha: o operário em construção.
Não nasce pronto. Não fica pronto, pois não é produto.
Não se entra na mesma peça duas vezes. Não se entra na mesma Vida duas vezes...