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17 de outubro de 2014

Padrão de manipulação - exemplo real

Manchete mágica da TV Globo: 
"Criação de empregos registra queda"
EPA:
905 MIL vagas foram criadas em 2014 no Brasil! 
Em 2013 a criação havia sido um pouco maior. 
Daí a Globo enfatiza a palavra QUEDA numa manchete sobre o AUMENTO do número de empregos. 

Padrão de manipulação à vista...!

Brevíssima reflexão sobre o jornalismo brasileiro atual

(não apenas em época de eleição)


     Quanto ao comportamento dos jornais brasileiros (a Veja também), o (grande) jornalista Aloysio Biondi destaca uma espécie de sucateamento no jornalismo brasileiro entre final de 98 e início de 99, coincidindo (mas será que existem coincidências?) com a privatização das telecomunicações. A partir daí, títulos de artigos de articulistas como o próprio Biondi eram alterados ou então maquiados, com as informações relevantes sendo jogadas para escanteio (retiradas do título e do lead), entre outros absurdos que podem até ser hilários, dependendo do contexto.

     De lá para cá, em resumo, temos espaços“oficiais” para isso ou aquilo na mídia, mas também há um monte de opiniões e matérias simplesmente proibidas pelo jornal (um exemplo é o eterno tema-tabu do filho de FHC com a jornalista da Globo).

     Inevitável uma certa nostalgia do que muitos de nós não tivemos: quem curte Nelson Rodrigues, por exemplo, pode verificar quantas vezes as crônicas dele (inclusive as esportivas) já enveredaram por política, mesmo no Globo... sim, claro, ele não era “de esquerda” (haha) - mas o respeito não escolhia página, se é que me entendem.

Paulo R. Barja

26 de agosto de 2014

Um Século, Um Segundo (um poema-ponte entre Física e Comunicação)


Um século atrás:
Física Quântica
(Planck, De Broglie, Bohr, Heisenberg...)
Pacotes de energia
Caráter dual da matéria
(partícula - precisa   ou   onda - difusa ?)
Princípio da Incerteza
(se a gente sabe "onde", não sabe "quando")
A OBSERVAÇÃO afeta O OBSERVADO

Um segundo atrás:
Jornalismo
Pacotes de notícias
Caráter dúbio da matéria
(o fato depende da fonte?)
Padrões de manipulação
(o que couber a gente publica)
A OBSERVAÇÃO afeta O OBSERVADO
(a tal ponto
 que o ato de observar 
 chega a cria novos fatos)

P.R.Barja

20 de maio de 2014

Dinâmica (Construção de narrativas e textos): Manchetes Self Service

Dando sequência às dinâmicas da disciplina "Construção de Narrativas e Textos Literários" (Jornalismo/FCSAC/UNIVAP), os alunos trabalharam em grupos para criar "manchetes self service" que serviriam de base para a criação posterior de textos curtos. 
Seguem as "finalistas" da dinâmica (foram produzidas cerca de 25 manchetes no total):


6 de maio de 2014

Dinâmica (Construção de narrativas e textos): Notícia Self Service


Uma brincadeira interessante para estimular a criação de narrativas originais (e até surpreendentes) consiste em recortar um jornal e montar uma narrativa (ou uma nova matéria) a partir dos trechos recortados. Aqui, estamos exercitando uma espécie de edição criativa e explicitando (por exagero) um padrão de manipulação da imprensa - a fragmentação. Neste caso, porém, a finalidade é criar novas possibilidades narrativas, explorando a criatividade. Eis um exemplo: 


29 de abril de 2014

LabComUnivap

Nasceu, agora oficialmente, o LabCom Univap - Laboratório de Estudo, Pesquisa e Prática em Comunicação, Ciência e Sociedade. Iniciativa da professora Kátia Zanvettor Ferreira, o grupo tem feito reuniões semanais na FCSAC/UNIVAP. Vem coisa boa por aí!

 LabComUnivap
Clique na foto para visitar o blog do grupo

12 de março de 2014

Folhetim & Pulp Fiction




Pulp fiction: ficção de "polpa", ou seja, de papel barato. Literatura publicada em papel jornal, para ser lida, curtida e esquecida no dia seguinte (quando ainda serviria para embrulhar peixe). Cultuada no início do século XX nos Estados Unidos, proliferou para outros países e deu origem a toda uma linha de quadrinhos e de literatura policial noir.

Hoje podemos dizer tranquilamente que a pulp fiction acabou indo bem além do que esperavam seus criadores. Além de tema de estudo, a pulp fiction vem sendo homenageada por gente de diversas áreas, como Quentin Tarantino (no cinema, com os filmes Pulp Fiction e Kill Bill) e Alan Moore (nos quadrinhos, com a Liga Extraordinária), entre outros.

folhetim está para a novela
assim como
pulp fiction para as HQs e séries de TV
- de fato, a origem das HQs está ligada à pulp fiction das primeiras décadas do século XX, a tal ponto que podemos chamar de pulp fiction essas histórias de heróis mascarados (citemos o mestre Will Eisner e seu impagável Spirit, recentemente ressurgido pelas mãos de alguns dos grandes escritores e desenhistas atuais).

Em sala, fizemos uma ponte entre a pulp fiction americana (em que prevaleciam as histórias policiais e de ficção científica) e o folhetim brasileiro, responsável pela multiplicação das tiragens de jornais brasileiros (principalmente com as tramas amorosas publicadas por uma certa Suzana Flag nos anos 40 e 50):

Curiosidade: esta edição antiga de "Meu Destino é Pecar" estava catalogada
como obra de Suzana Flag no sebo, a R$8 (claro que eu comprei).
Em outra estante do MESMO sebo, uma edição mais nova estava catalogada
como obra de Nelson Rodrigues - e à venda por R$35!