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14 de dezembro de 2017

5 em 1 - Cultura e Literatura na Univap Castejón


   Nesta segunda-feira, como parte da programação da Faculdade da Terceira Idade / Univap, participamos de um encontro sobre Cultura e Literatura na Univap Castejón. Participaram do encontro os escritores Claudia Regina Lemes, Ana Enedi Prince, Zenilda Lua, Charles Lima e Paulo Barja.

A partir da esquerda: Charles Lima, Zenilda Lua, Claudia Regina Lemes, Paulo Barja e Ana Enedi

    A partir do encontro, resolvi fazer um pequeno poema para apresentar cada um dos escritores participantes. "Do centro para as bordas", ficaram assim:



CRL

mãe
professora
mãe
diretora
mãe
escritora
mãe
artista
eu te vejo
amor
à vista


ZL

Lua
mesmo de
dia
veio da Paraíba
ao Vale do Paraíba
pra encontrar um Paraíba
Pura Poesia


AEP

Historiadora
e proseadora
corre com
paixão
pelos Campos
do José
e do Jordão

CL

Escritor
boxeador
prosa crua
lírica nua
soco no oco
firmeza
con fuoco


   A seguir, mais alguns registros do encontro:

Com essa turma,  é sempre festa: a festa do encontro

Claudia autografando o livro que acabamos de lançar em parceria



   Agradecemos à professora Débora Guedes e à Jaqueline, pela acolhida sempre generosa e sorridente. Até a próxima!

3 de setembro de 2017

Encontro sobre Cultura - PIRAQUARAS (Pindamonhangaba, setembro/2017)

Foi grande - e relevante - a participação de jovens no encontro
   De 1 a 3 de setembro, o Clube de Campo do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba sediou o encontro PIRAQUARAS, sobre interfaces da Cultura (Cultura & Educação, Cultura & Feminismo, Cultura & Meio Ambiente, Cultura & Território foram alguns dos eixos abordados).
   Promovido pelo coletivo Mixgenação, o evento contou com a participação de cerca de 50 coletivos sociais de todo o Vale do Paraíba, além de outras cidades do Estado de São Paulo.  Na tarde do dia 2, fizemos a composição e leitura de décimas de cordel sobre questões abordadas no encontro; clique AQUI para ler.


Andréa Guaraciane foi fundamental na organização do evento.
Mulher de fibra e coragem. Palmas para ela!
Programação parcial do evento (teve muito mais)
Nossa participação ocorreu na roda de debate "Cultura & Educação"




29 de novembro de 2013

Encontro com direito a manobrista


     Estava no meio do expediente quando ligaram do banco perguntando por ele. Assustou-se: disseram seu nome completo.
     "Sou eu...", respondeu, ressabiado. Mas não era pra tanto. A moça do outro lado da linha era só gentilezas. Moça? Sim, era moça com certeza, e pela voz devia ser linda. E fazia perguntas, firme e delicada ao mesmo tempo. Quando ele estaria livre para uma conversa? Hmm, que coisa mais inesperada, uma pergunta daquelas... aí resolveu entrar no jogo: "um minutinho, vou consultar a agenda..."
     Ele não tinha agenda há anos. A última se perdera no tempo e até na memória. Depois de um minuto: "tenho a quinta-feira, no período da manhã", respondeu novamente ressabiado, achando que a qualquer momento anunciariam o trote. 
     "Excelente! Que bom! Venha às dez horas, então", a moça firme e bonita parecia animada ao explicar como ele faria para chegar "lá". "O senhor não se preocupe: temos estacionamento com manobrista no local... estarei à sua espera!"
     Despediram-se cordialmente.
     Chegou a quinta-feira. Às nove, ele já estava na expectativa. "É só às dez", pensou. "Fica até chato chegar cedo. Melhor olhar as notícias antes..."
     Quando percebeu... já eram quase dez horas! Saiu esbaforido, camiseta e bermuda, sandália velha nos pés. "Tomara que a sandália aguente - e que a moça não repare."
     Dez horas. Faltando uma quadra para chegar, toca o telefone. "O senhor vem, não é? Não se esqueceu de mim..."
     Esquecer como? "Não, não, fique tranquila. Estou virando a esquina...!"
     Chegou. Dois seguranças - de terno! - o receberam. Cumprimentaram-no - pelo nome completo - e ele entrou. Constrangido, atrapalhou-se com as duas portas automáticas. Parou em frente à segunda porta, de vidro. Aliás, parecia que tudo ali era de vidro. Não tudo: do outro lado do vidro da porta, dois olhos azuis o encaravam. Gentis, pacientes: dois olhos - e um sorriso discreto.
     Ela era jovem. Linda. Amável: "Tudo certo? O senhor foi bem atendido pelo manobrista?"
     "Vim a pé..." (num quase sussurro envergonhado) "Caminhando..."
     E aí se encheu mesmo de vergonha: naquele espaço tão amplo e elegante, com várias salas de vidros esfumaçados, só ele era descuidado. Era ele o único elemento estranho no local.
     Mas ela era hábil e soube dissipar a tensão rapidamente. Apresentou-o a alguém da diretoria, ao gerente de investimentos - e ofereceu café. "Ou deseja alguma outra coisa?"
   "Café... café está ótimo."
     Pode parecer até estranho, colocando desta forma, mas foi um café inesquecível. Forte, encorpado - mas o principal nem era o café em si. Havia um ar quase reverencial na moça. Ela o serviu com elegância e graça. Esguia, parecia modelo de capa de revista. E aqueles olhos...
     "Vamos a um ambiente reservado, conversar um pouco", disse ela, e abriu de leve a porta de uma daquelas salas. "Epa! Desculpe" - e fechou a porta rapidamente. "Estão usando esta sala, vamos para o ambiente ao lado" - e foram.
     Enfim, a sós. E ela começou a fazer um monte de perguntas. Perguntou inclusive se ele estaria disponível para breves encontros semanais. Ele sentiu necessidade de esclarecer. "Sabe como é... além do serviço, eu tenho mulher e filho, então tem que ver direitinho essas coisas de horário..."
     "Ah! Então o senhor é casado?" - leve surpresa no tom de voz da moça. "Tudo bem, claro", e retomou o controle, novamente absoluta.
     E aí ela disse, em tom de confidência, consultando uma ficha: "Sabe, consta aqui que o senhor é um excelente investidor...! Sua renda mensal gira em torno de X, não?"
     "Ah... hmm... não... não, na verdade é muito menos que isso" - ele gaguejava. "Veja, eu sou professor..." - e na mesma hora voltou o incômodo: começou a achar a bermuda mais gasta; a sandália, mais velha...
     Tudo finalmente fazia sentido: desde o primeiro telefonema, era engano.
     Saiu de certo modo mais aliviado, sorrindo para os seguranças e o manobrista. "Coitados, trabalhando de terno num calor desses..."

P. R. Barja

8 de junho de 2013

Cordéis Joseenses no VI Festival da Mantiqueira (S. Francisco Xavier)


 
Obs.: ainda no dia 15/6, a partir das 16h, no estande da FCCR, lançamento do Cordel do Modernismo e do Diabo Casamenteiro., com venda e autógrafos. E domingo de manhã prestigiaremos o debate sobre o livro "Tecendo o Amanhã", do sociólogo Moacyr Pinto.
 

18 de outubro de 2011

Poema-resposta (não precisa selar)


TRILHA QUE SE INICIA

preciso confessar: estou feliz
aqui, mesmo correndo sem parar
feliz por perceber que assim, aos poucos,
aprendo a me deixar emocionar
a cada perspectiva de um encontro,
a cada nova chance pra inventar

encontro representa interferência
e chance de real transformação;
celebro, a cada encontro, a própria Vida,
em corpo e alma sinto integração;
encontro é construir conjuntamente:
é fonte para toda criação

por isso é que celebro cada encontro:
encontro o que há de mais sagrado em mim;
a gente toca a gente e, desse encontro,
poesia nasce, cresce e não tem fim
- por isso é que respondo o teu convite
  dizendo para o Mundo todo: "SIM" !


para Andréa Mourão e toda a equipe do Trilha Arte Factu

6 de setembro de 2011

A Vida é a Arte do Encontro (Festivale 2011)

  A coisa mais bonita e importante da Vida são esses momentos fantásticos de encontro e compartilhamento: arte, afeto e generosidade, nessa busca pela construção de um mundo melhor. Foi uma grande alegria receber a Cia Buraco d´Oráculo e a peça "Ser Tão Ser" aqui em São José dos Campos. Disse muito pra gente, nós que estamos estudando pra fazer essa ponte entre a Seca da Alma e a Seca do Sertão. E, pra lidar com isso, só mesmo convocando a Palavra e a Música, o Verso e a Voz...

Irmanados: contra a Seca da Alma, ARTE NA RUA!
Na Rodoviária Velha de São José, arando novos Campos para a Arte

  Que BOM poder encontrar, falar poesia e cantar junto com Edmilson Santini, Santos Chagas e o pessoal do Buraco D´Oráculo!

Cantando para celebrar o tempo-espaço público do encontro

  Com direito a cantar "Asa Branca" na Rodoviária Velha, bem em frente ao Banhado - área de proteção ambiental de São José dos Campos para a qual estamos chamando a atenção através da poesia de cordel.

Parceria que flui, natural... Edmilson e Santos Chagas não se viam há "uns 20 anos".
O melhor da Arte é permitir esses (re)encontros. Coisa pra ser celebrada mesmo.

  A Vida é (mesmo) maior do que a arte. E na Vida, como na Arte, acredito no afeto como força revolucionária.


"Eu te asseguro: não chore não, viu?"

   A Vida é (mesmo) a arte do encontro, já dizia o poeta - e isso é verdade.

RJ, SJC e Curitiba: Edmilson Santini, Paulo Barja e Santos Chagas

  Poder receber Edmilson e Santos Chagas - e interagir com esses caras - é uma das maiores alegrias que esta cidade podia ter dado a esse cordelista feliz. 
 

  Depois de tanta vivência energizante, o papo inda foi longe... fazendo bater o sentimento de inauguração de uma parceria múltipla (desejo imenso) dessas que dá sentido ao existir.

"Vida é pra celebrar!"

4 de setembro de 2010

Encontro com o mestre

Dia de muita (e boa) correria - saltando entre Apolo e Dionisio.
No fim da tarde, um tempo de calma: tempo de praça...
Então soaram as seis badaladas: as horas abertas!
Hora de ouvir o mestre: Luis Alberto de Abreu.
Depois, sair pra dar aula. Depressa
mas além de Chronos.
Vivenciando Kairos.

Ouvir o mestre toca a alma.
Faz os olhos brilharem.
Obrigado pela
Existência!

3 de setembro de 2010

Sarau - Flávio Craveiro

No fim de semana rolou um sarau muito, muito especial:
aniversário da Sonia Gabriel!
Momento ideal pra mostrar para o pessoal daqui um pouco da cultura que conheci em Aracaju:
"Canudos, a Canãa do Sertão..." - viva o mestre Zé Antonio!