Acaba de ser publicado novo artigo, em parceria com a profa. Claudia Lemes, sobre a relação entre a produção cordelística, a ciência e a cidadania. O trabalho é fruto de nossa participação em evento realizado na UNICAMP e, para ler o texto na íntegra, basta acessar o link abaixo:
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23 de outubro de 2018
2 de maio de 2015
RESPOSTA DE UM PROFESSOR à fala do senador (Cordel Joseense 56)
Brasília, 2015:
numa sessão do Senado
o “nobre” senador Serra
(há pouco tempo empossado)
produziu, ao microfone,
um discurso equivocado:
Foi se queixar, no plenário,
das horas-atividade
pagas para os professores
e bem justas, na verdade.
Professor trabalha muito:
negar isso é vã maldade!
No discurso, o senador
usou um termo insolente:
disse que os mestres ganhavam
só para “supostamente”
preparar as próprias aulas...
Senador, seja decente!
(faço aqui breve parênteses:
para estes versos fazer,
antes corrigi 100 provas,
pois esse era meu dever,
e fui depois, na internet,
o diário preencher)
O senador criticava
(falta alça em sua mala)
que o professor recebesse
40 horas... sua fala:
“10 horas-atividade,
SÓ 30 horas na sala!”
Porém, depois do discurso,
nenhum jornal registrou
a bronca que o senador
de professores levou;
uso então estas sextilhas
pra mostrar nosso valor.
“Prezado Senador Serra:
o senhor não foi eleito
pra bater em professor
nem negar nosso direito.
Mas, se quiser discutir,
sou professor: eu aceito.
Por sinal, sei que o senhor
também é nosso colega:
sei dos vídeos no YouTube
- quem correr ainda pega -
de aulas suas em campanha...
O senhor sabe e não nega.
Não vou questionar as aulas
nem os seus erros de conta,
pois o senhor, pelo visto,
nenhum erro em mim aponta.
O debate é sempre bom,
nunca é uma coisa tonta.
O senhor falou de "custo":
professor tem custo, sim!
Senador também tem custo:
o senhor acha ruim?
Vamos debater agora
isso, tintim por tintim.
Neste primeiro bimestre,
corrigi (e ainda bem!)
trezentas e tantas provas
sem dever nada a ninguém.
Aulas? Posso assegurar
que dei muito mais de cem.
O senhor não se preocupe:
Não ache que é tão difícil...
Corrigi mais de trezentas
e dez listas de exercício.
Sei que, pro senhor também,
trabalhar é um doce vício...
De quantas sessões ao todo
o senhor participou
nessas últimas semanas,
no bimestre que passou?
E os projetos sociais,
afinal, quantos votou?
Na trilha do seu discurso,
não cabe fazer piadas:
precisamos discutir
as "horas não trabalhadas"
também aí no Congresso
- são verdades mal faladas...
Que tal se a gente parasse
de pagar os senadores
pelas promessas que fazem
sob a luz dos refletores
e a tal “meritocracia”
fosse aplicada aos senhores?
E, para não perder tempo,
eu também pergunto, então:
por que o senhor defendeu
essa terceirização
que ao nosso trabalho honesto
gera precarização?
Eu já estou até achando
que a tal terceirização
veio de outro senador
que em segundo turno NÃO
se elegeu e, num terceiro,
sonha ganhar a eleição...!
Quem já comprou prédio inteiro
conhece dinheiro vivo...
Senador: na Educação,
não diga “custo excessivo”
pois o preço da ignorância
é mais alto e permissivo.
Talvez mesmo os professores
ganhar melhor já pudessem,
se os senadores ganhassem
realmente o que merecem
e bem menos assessores
os políticos tivessem.
Deixo aqui no meu cordel
a modesta sugestão:
que descontem do salário
do “Senador-da-nação”
as horas-atividade
que trabalhadas não são.
P rezadíssimo político:
R espeito é muito importante.
B asta treinar; é possível
A vançar nisso bastante.
R esta só falar bem menos,
J ogando fora os venenos:
A gradeço nesse instante!
numa sessão do Senado
o “nobre” senador Serra
(há pouco tempo empossado)
produziu, ao microfone,
um discurso equivocado:
Foi se queixar, no plenário,
das horas-atividade
pagas para os professores
e bem justas, na verdade.
Professor trabalha muito:
negar isso é vã maldade!
No discurso, o senador
usou um termo insolente:
disse que os mestres ganhavam
só para “supostamente”
preparar as próprias aulas...
Senador, seja decente!
(faço aqui breve parênteses:
para estes versos fazer,
antes corrigi 100 provas,
pois esse era meu dever,
e fui depois, na internet,
o diário preencher)
O senador criticava
(falta alça em sua mala)
que o professor recebesse
40 horas... sua fala:
“10 horas-atividade,
SÓ 30 horas na sala!”
Porém, depois do discurso,
nenhum jornal registrou
a bronca que o senador
de professores levou;
uso então estas sextilhas
pra mostrar nosso valor.
“Prezado Senador Serra:
o senhor não foi eleito
pra bater em professor
nem negar nosso direito.
Mas, se quiser discutir,
sou professor: eu aceito.
Por sinal, sei que o senhor
também é nosso colega:
sei dos vídeos no YouTube
- quem correr ainda pega -
de aulas suas em campanha...
O senhor sabe e não nega.
Não vou questionar as aulas
nem os seus erros de conta,
pois o senhor, pelo visto,
nenhum erro em mim aponta.
O debate é sempre bom,
nunca é uma coisa tonta.
O senhor falou de "custo":
professor tem custo, sim!
Senador também tem custo:
o senhor acha ruim?
Vamos debater agora
isso, tintim por tintim.
Neste primeiro bimestre,
corrigi (e ainda bem!)
trezentas e tantas provas
sem dever nada a ninguém.
Aulas? Posso assegurar
que dei muito mais de cem.
O senhor não se preocupe:
Não ache que é tão difícil...
Corrigi mais de trezentas
e dez listas de exercício.
Sei que, pro senhor também,
trabalhar é um doce vício...
De quantas sessões ao todo
o senhor participou
nessas últimas semanas,
no bimestre que passou?
E os projetos sociais,
afinal, quantos votou?
Na trilha do seu discurso,
não cabe fazer piadas:
precisamos discutir
as "horas não trabalhadas"
também aí no Congresso
- são verdades mal faladas...
Que tal se a gente parasse
de pagar os senadores
pelas promessas que fazem
sob a luz dos refletores
e a tal “meritocracia”
fosse aplicada aos senhores?
E, para não perder tempo,
eu também pergunto, então:
por que o senhor defendeu
essa terceirização
que ao nosso trabalho honesto
gera precarização?
Eu já estou até achando
que a tal terceirização
veio de outro senador
que em segundo turno NÃO
se elegeu e, num terceiro,
sonha ganhar a eleição...!
Quem já comprou prédio inteiro
conhece dinheiro vivo...
Senador: na Educação,
não diga “custo excessivo”
pois o preço da ignorância
é mais alto e permissivo.
Talvez mesmo os professores
ganhar melhor já pudessem,
se os senadores ganhassem
realmente o que merecem
e bem menos assessores
os políticos tivessem.
Deixo aqui no meu cordel
a modesta sugestão:
que descontem do salário
do “Senador-da-nação”
as horas-atividade
que trabalhadas não são.
P rezadíssimo político:
R espeito é muito importante.
B asta treinar; é possível
A vançar nisso bastante.
R esta só falar bem menos,
J ogando fora os venenos:
A gradeço nesse instante!
Paulo R. Barja
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2015,
arte política,
Brasília,
comunicação,
Cordéis Joseenses,
educação,
ensino,
manifesto,
Política e poesia,
resposta,
Senado,
sextilhas,
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11 de janeiro de 2015
VÍDEOS - Cordéis Joseenses no Programa MAIS CULTURA NA ESCOLA
Clique no link para acessar os vídeos:
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4 de outubro de 2013
26 de julho de 2013
16 de julho de 2013
8 de junho de 2013
Cordéis Joseenses no VI Festival da Mantiqueira (S. Francisco Xavier)

Obs.: ainda no dia 15/6, a partir das 16h, no estande da FCCR, lançamento do Cordel do Modernismo e do Diabo Casamenteiro., com venda e autógrafos. E domingo de manhã prestigiaremos o debate sobre o livro "Tecendo o Amanhã", do sociólogo Moacyr Pinto.
14 de maio de 2013
Cordéis Joseenses no Jardim Colonial
Dia 11 de maio de 2013, no Jardim Colonial, teve leitura de Cordéis Joseenses antes da apresentação ao ar livre do documentário "Derrubaram o Pinheirinho", de Fabiano Amorim:
Obrigado, Auira Ariak e Fabiano Amorim!
P.R.Barja
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11 de maio de 2013
Entrevista sobre cordéis na Rádio Estadão
Na quinta-feira, 9/5/13, conversei sobre cordéis (e sobre os Cordéis Joseenses em particular) com Marcelo Almeida, na Rádio Estadão.
Obrigado ao Marcelo e às pessoas que entraram em contato por conta da entrevista!
Seguimos buscando unir Arte e Cidadania,
abraços,
Paulo
29 de janeiro de 2013
8 de dezembro de 2012
Kit Self Service de CORDÉIS JOSEENSES - Lançamento!
Estou terminando de preparar os kits...
pra fazer o lançamento hoje (8/12) à tarde,
no Espaço Cultural Vicentina Aranha
no I Escambo EcoCultura
(ver aqui no blog)
- apareçam!
P. Barja
4 de dezembro de 2012
17 de outubro de 2012
Cordel na Escola - ETEC
25 de julho de 2012
19 de junho de 2012
Poesia-notícia
(poema de abertura do Cordel da Cidadania, preparado no período jun/2011 - jun/2012)
Faço poesia-notícia
sobre as coisas da cidade
pra discutir as questões
da nossa sociedade,
pois todo artista engajado
tem que estar sintonizado
com sua comunidade.
Como o galo do poema
que tece a própria manhã,
a partir da nossa história
surge um novelo de lã
que se desdobra em poesia,
falando do dia-a-dia
para a luta não ser vã.
Não é poesia romântica,
mas alimenta a milícia
sem insulto nem ofensa,
sem ter papel de polícia;
sem partido, mas política,
nascida de visão crítica
é a poesia-notícia.
P.R.Barja
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teatro-jornal
2 de maio de 2012
"Cordel do Pinheirinho" (link para o texto integral)
A reprodução é permitida, desde que citado autor e fonte.
P.R.Barja
17 de abril de 2012
20 de março de 2012
Cordéis Joseenses pelo correio
Ao pessoal que curte os Cordéis Joseenses (ou tem vontade de conhecer os folhetos, mas mora longe de SJCampos), informo que todos os títulos já estão disponíveis para venda através do site Estante Virtual. É só clicar:
Envio por correio para todo o Brasil, pagamento via cartão de crédito*
* É provável que dê até pra dizer "Nunca antes na História do Brasil se vendeu folheto de cordel por cartão de crédito", rs!
31 de janeiro de 2012
13 de janeiro de 2012
Solidariedade
Vídeos gravados durante a manifestação em favor da população carente do bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos:
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