31 de outubro de 2010

Soneto do Sufrágio Universal

(Feito hoje cedo, vendo o dia nascer na estrada)


        Tudo é bonito na manhã que nasce,
        a claridade do sol anuncia.
        Os olhos buscam e acham a poesia
        que nos envolve como se abraçasse.

        Tudo é bonito na voz da cidade:
        "Bom dia!", firme voz de quem trabalha.
        Café bem forte anima pra batalha
        e os passarinhos cantam liberdade.

        Vontade doida, alegre, comovida 
       (igual a quando o time é campeão)
        de unir na praça toda essa torcida,


        Compartilhar amor, cerveja e pão,
        tomar nos braços e beijar a Vida:
        tudo é bonito em dia de eleição.

31/10/2010

BãoCantá no Ambulatório FJ

A Arte tem poderes curativos... pelo menos pra gente!
Obrigado a todo o pessoal do Ambulatório, pela acolhida generosa
- e até a próxima!


Roupa social... com esse calor?! Só se for da cintura pra cima...


... e depois da festa, sair correndo pra dar aula de Cálculo!

26 de outubro de 2010

Haikai recente


sei bem do  presente escuro
passo por cima do  passado-muro
e te beijo    n o   f u t u r o

25 de outubro de 2010

Cantando na Escola

Fim de semana é bom pra dormir um pouco mais... mas também é BãoCantá!
A apresentação na Escola Estadual Rui Rodrigues Dória, em Santana, foi uma oportunidade boa pra levar canções ao pessoal animado de lá. Muito alto astral e, entre os momentos bonitos, uma ciranda que começou a partir da música, antes mesmo que fosse dada a sugestão. Criança pega as coisas no ar, né?

"Gira gira gira girar..."

Roda espontânea: criança sabe das coisas

Dá vontade de voltar... é só chamar!

24 de outubro de 2010

Haikai antigo

(para Alex Sakai, pela oficina ministrada em Santos, mais de 20 anos atrás, e que despertou de vez a paíxão pela riqueza concentrada nos haikais - 3 versos curtos, falando de natureza e da busca pelo re-equilíbrio; e para Victor Canti, por ontem)

folhas verdes
viram no vento
verdes folhas

NOTÍCIAS DO BRASIL - 6

FICHA LIMPA
O TSE exigiu dos candidatos a apresentação de certidão negativa criminal. Este é o estado real criminal dos candidatos apresentados por eles próprios. Dilma não tem nenhum processo em andamento; na verdade, só 3 candidatos à presidência apresentaram processos, e o recordista é JOSÉ SERRA:
17 processos criminais - 3 dos quais por IMPROBIDADE ADMNISTRATIVA, alguns já com condenação em primeira instância:
Congresso em Foco:
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=33999
FICHA LIMPA:

http://www.mcce-mt.org/web/index.php?option=com_content&view=article&id=99:entre-os-presidenciaveis-jose-serra-e-o-que-tem-mais-processos&catid=39:noticias&Itemid=62
UOL:
http://congressoemfoco.uol.com.br/upload/congresso/arquivo/certidoes_serra.pdf

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ALGUNS DADOS OBJETIVOS
(sugiro que sejam mencionados principalmente aos eleitores da Marina e/ou indecisos):

Geração de empregos:

FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões
Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões

Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares

Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%
Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%

Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos
Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.

Relação crédito/PIB:

FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%

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CIA NO BRASIL - I
http://rodrigoenok.blogspot.com/2009/09/livro-bomba-acusa-fhc-de-ter-servido.html?spref=bl

CIA NO BRASIL - II
http://correiodobrasil.com.br/fundacao-denuncia-esquema-golpista-patrocinado-pela-cia-no-brasil/187036/

PROPRIETÁRIA DA GRÁFICA DE PANFLETOS APÓCRIFOS É DO PSDB (Guarulhos)
http://www.rodrigovianna.com.br/geral/exclusivo-dona-da-grafica-e-do-psdb.html?utm_content=sociable-wordpress&utm_medium=awe.sm-twitter&utm_source=twitter.com

22 de outubro de 2010

Um pouco de lirismo antigo

No final do séc.XVI, o grande John Dowland compôs o madrigal "Come Again";
400 anos depois, fiz a versão para o português... e esqueci na gaveta até agora.
Aqui vai:
COME  AGAIN - VEM MEU BEM
(original em inglês: John Dowland, 1597;
versão em português: Paulo Barja, 1997)

Vem, meu bem :
O amor nos quer rever .
Esqueça o seu desdém ;
Permita-me o prazer
De ver, ouvir, tocar, beijar, morrer
- Morrer só com você
No mais doce prazer .

Vem, meu bem,
Na cama me acalmar ;
Por ser o seu refém ,
Nem pense em me deixar .
Eu sinto, eu sofro, eu choro, eu morro assim :
Você longe de mim
É dor que não tem fim

19 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DO BRASIL - 5

MATÉRIAS:

1) SÃO LUIZ DO PARAITINGA - A REAL situação da cidade
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/vida-dos-moradores-de-sao-luiz-desmente-serra

2) FOI À MISSA... E OUVIU SERMÃO DO PADRE
http://correiodobrasil.com.br/serra-tumultua-missa-no-ceara-e-vaiado-e-repreendido/186456/

VÍDEOS DESTA EDIÇÃO:

1) DEPOIMENTO DE CHICO CÉSAR
http://www.youtube.com/watch?v=TD0tKZobjxE&feature=channel

2) MANIPULANDO CRIANCINHAS - Isso é falta de educação
http://www.youtube.com/watch?v=lWFiRBYXVmA&feature=related

FRASE DO DIA (Ziraldo)
“O Serra diz que vai dar continuidade a isso e àquilo...
pra que ELE vai dar continuidade? A gente mesmo pode dar continuidade”

Para ficar bem informado sobre a realidade dos fatos, acesse:
-
http://www.cartacapital.com.br/

18 de outubro de 2010

Sobre Política Pública no Brasil

Acabo de chegar de um encontro importante, no Ceará, com a equipe das Nações Unidas que está finalizando o Relatório de Desenvolvimento Humano para o Brasil (para ler mais a respeito, clique aqui).
Escrevo por perceber que algumas das conclusões gerais do debate ligam-se claramente a questões que temos debatido aqui:

1) É importante quebrar a ideia de que política pública está restrita a política de governo para o público, considerando-se que:

Política pública = Política institucional + política do cidadão

2) É necessário também quebrar a ideia de que "o governo/instituição é que resolve", e desenvolver ações concretas que possam auxiliar no avanço coletivo, considerando-se que:

Caminhar junto em geral rende mais que caminhar contra

Estas são propostas objetivas de posturas construtivas em relação à Educação, Saúde, Combate à Violência e Cultura. Somos todos parte disso.

Por fim: a constatação de que alguns seres humanos (às vezes artistas) muitas vezes esperam viver às custas de uma instituição (às vezes cultural) não é uma ideia desagregadora. Recebo essa "provocação" como um convite coletivo a que saiamos do marasmo e nos unamos em ações concretas que beneficiem não só a um grupo (qualquer que seja), e sim a todos - não apenas artistas, mas a cidade. Ah, e se a ideia é realizar o debate aberto, amplo, acho válido falar sobre a origem da cultura e da palavra política, entre muitas, muitas outras coisas - por isso temos agradecer as contribuições da Jacqueline, da Andréa, da Viviani e de quem mais se dispuser a contribuir.

(P.S.: mais material sobre o encontro entre a equipe do relatório das Nações Unidas e os poetas de cordel será postado em cordeisjoseenses.blogspot.com)

13 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DO BRASIL - 4

ARTISTAS E INTELECTUAIS LANÇAM MANIFESTO PRÓ-DILMA

Um grupo de artistas e intelectuais liderados por Leonardo Boff, Chico Buarque, Emir Sader e Eric Nepumuceno está articulando adesões a um manifesto de apoio político à eleição da candidata à Presidência Dilma Rousseff.
O documento convoca os artistas a somarem forças para "prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional".
O manifesto será entregue à candidata em um ato político, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, no dia 18 de outubro, às 20h. Os autores da carta convocam a população a participar da atividade.

MATÉRIA

"Se nos calarmos, até as pedras gritarão", dizem católicos e evangélicos:
http://www.viomundo.com.br/politica/se-nos-calarmos-ate-as-pedras-gritarao.html

VÍDEOS

SERRA INFORMOU CURRÍCULO FALSO NO CONGRESSO! Veja: http://www.youtube.com/watch?v=OJ560PII-30&feature=related

Para ver Dilma no ato do Palácio dos Trabalhadores e sua posição do aborto: http://www.youtube.com/watch?v=qFNz4F8YKs8

Para ver o que a Marilena Chauí pensa sobre o 1º turno e a estratégia do PSDB: http://www.youtube.com/watch?v=X29gSTBhXuk

Para ver as declarações de Serra sobre o que pensa sobre o aborto: http://www.youtube.com/watch?v=nOS6-KUiUSQ

Para ver as declarações de Sonia Francine (assessora de Serra, optou por fazer aborto alguns anos atrás) sobre aborto no programa Saia Justa: http://www.youtube.com/watch?v=LPqOJEHBU8w

Para ficar bem informado sobre a realidade dos fatos envolvendo a eleição de 31/10, acesse:
-
http://www.cartacapital.com.br/

12 de outubro de 2010

BãoCantá homenageia a dupla joseense Brinquinho e Brioso



"Eu tenho uma vizinha, uma velha solteirona
  e ela está aprendendo a tocar uma sanfona..."

(I Tarde Cultural da Vila Rhodia, Out/2010)

Vila Rhodia - Haikai 5



O olhar convida...
e o sorriso indica a musa
- que se intimida

(fotos: Caren Ruaro;
poema: P.Barja,
Vila Rhodia,
out/2010)

Vila Rhodia - Haikai 4



Elegância
a gente percebe
à distância...

(foto: Caren Ruaro;
poema: P.Barja,
Vila Rhodia,
out/2010)

Vila Rhodia - Haikai 3




ENCONTRO - EVENTO

TRANS  FORMA  DOR

EM  MOVIMENTO


(P.Barja, Vila Rhodia, out/2010)

Vila Rhodia - Haikai 2

 

















A parte de quem reparte:
plantar MÚSICA e AMOR,
colher ALEGRIA e ARTE

(o artista faz a criança feliz, a criança faz arte e o artista feliz)

Vila Rhodia - Haikai


Isso é Arte
Isso é Vida
- alguém duvida?
(P.Barja, Vila Rhodia, out/2010)

11 de outubro de 2010

Demora mas chega...

SJC tem um grupo de bons poetas escrevendo coisas bem interessantes no blog
http://www.demoramaschega.blogspot.com/
A proposta é bem boa: um tema diferente por semana.
Outro dia pediram sugestões de tema e passei pra eles:

"Remédio Pra Acabar com a Tristeza"...

E não é que a turma é boa nisso? Deixei por lá minha contribuição:

http://demoramaschega.blogspot.com/2010/10/remedio-pra-acabar-com-tristeza.html#comments

Saudações!

10 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DO BRASIL - 3 (Se o assunto é PETROBRAS...)

Segue uma comparação objetiva, didática,
entre o Brasil do século XXI (governo Lula/Dilma)
e o Brasil do final do século XX (governo FHC/Serra):

1) PLATAFORMA P-57 (2010)
Inaugurada pelo presidente Lula.
Tem um índice de 68% de nacionalização (o casco foi produzido em Cingapura).
Custou US$ 1,2 bilhão, 60% do valor inicialmente previsto (!)


2) PLATAFORMA P-36 (1997-2001)
Arrendada pela Petrobras no governo FHC.
Construída na Itália e reformada no Canadá.
Apenas a reforma havia custado US$ 356 milhões.
Mesmo reformada, SUBMERGIU no mar de Campos, matando mais de uma dezena de petroleiros.


Para ficar bem informado sobre a realidade dos fatos envolvendo a eleição de 31/10, acesse:
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Haikai Sob o Céu do Líbano

nos  ouvidos,  mãos  em  concha:
transforma-se  em  ÁGUA  o  VENTO
por  ação  do  pensamento

(feito durante o filme "Sob o Céu do Líbano",
exibido há pouco no SESC SJC)

Contribuição ao debate sobre Política Cultural em SJC (por Andréia Barros)

Também quero colocar minhas singelas opiniões, embora não tenha participado do encontro/debate organizado pelo Estivale e pelo SESC, já que estava acompanhando a apresentação do “Reis do Baralho”, com nossos amigos André Braga, Marcelo Moreira e Beto Quadros, no CAC Walmor Chagas, previamente marcado por coincidência no dia 07/10.

Na realidade, como milito na área cultural de São José dos Campos desde o primeiro Curso Livre de Teatro, realizado pela Fundação Cultural e que trouxe para a cidade os mais importantes profissionais de teatro da década de 80, e desde então, há 20 anos atuo, resisto e persisto no teatro joseense, penso que às vezes nos esquecemos que há 14 anos o PSDB assumiu a prefeitura e governa nossa cidade e isso faz a grande diferença no estabelecimento de políticas públicas de cultura.

Na esfera política federal, por exemplo, houve uma mudança de paradigmas na área cultural e os resultados são visíveis.

Muitos dos que hoje nos auxiliam nessa discussão, à época tinham 10 ou 12 anos de idade e podem, de repente, considerar que fazemos de conta que nada acontece.

Quero lembrar aos leitores desse blog, assinado pelo mestre Paulo Barja (que precisou sair de Santos para “descobrir” São José dos Campos), que é sempre prudente rever a história para podermos formular pensamentos e recuperarmos “pedaços” da recente história de nossa cidade, principalmente no que diz respeito às conquistas históricas que temos em nossas mãos, como é o caso da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

A FCCR foi criada em 1986 como uma das mais “progressistas e democráticas” fundações do Brasil e que atuava por meio de comissões setoriais que elegiam seus coordenadores para compor o Conselho Deliberativo da instituição, responsável pela discussão e formulação de políticas públicas na área cultural do município.

Um grupo de abnegados artistas, intelectuais, políticos e interessados da nossa sociedade, não mediram esforços para que a cidade pudesse ter uma instituição de cultura que respeitasse e valorizasse a produção local, sem perder o foco das ações que pudessem contribuir no fortalecimento e crescimento da cultura em nossa cidade, contribuindo assim, de forma efetiva, para o desenvolvimento social de todos nós.

Durante quatro anos esses artistas, principalmente, lutaram para concretizar uma idéia, que só passou a existir depois de muitas reuniões e manifestações públicas em praças e escolas de São José. Nasceu então em 1986 a Fundação Cultural.

A história é longa, mas é sempre bom relembrar, revigorar. Criada pelo então prefeito Hélio Augusto de Souza para progredir na política pública, foi erroneamente interpretada por alguns políticos e, parafraseando o jornalista Paulo Henrique Amorim, pelo “PIG” (Partido da Imprensa Golpista)! Quem não se lembra do título em um famoso jornal da cidade: “Sexo, drogas e corrupção na Fundação Cultural”.

Mas, voltemos à história. Com a morte do Hélio, assume então o presidente da Câmara, Sr. Antonio José Mendes Faria, que, na época, não se conforma e questiona constantemente porque a FCCR não poderia trazer “Chitãozinho e Xororó” para cantar na cidade? E esse pensamento ainda ocorre até hoje e foi aí, na minha visão, que começaram os equívocos.
E muitos erros e enganos foram cometidos ao longo desses 24 anos de existência e talvez, o maior deles, foi acreditarmos que a formula já estava pronta e que, a partir dali, não se fizesse mais necessária a nossa organização. Que a nossa organização era a própria Fundação Cultural.

Quando a Comissão Municipal de Teatro criou em 1990 o Grupo Teatro da Cidade (que deu origem em 1993 à Cia Teatro da Cidade), muitos foram os alertas sobre o primeiro erro dentro da instituição. Quem acompanhou e vivenciou esse período sabe que, apesar dos ótimos resultados obtidos na formação individual de cada integrante e do fantástico trabalho de formação de público, a existência de um grupo estável de teatro na entidade, significava negligenciar a existência dos demais grupos de teatro naquela oportunidade. E foi em decorrência a isso que temos hoje na cidade, importantes grupos como o Velhus Novatus, Cia Sem Máscaras, dentre tantos exemplos.

Mas porque é importante rever nossa recente história na área cultural? Para não cometermos outros erros. Para não esquecermos os protagonistas dessa história. Para não deixar de valorizar e respeitar os recentes protagonistas que chegam e nos chamam para um novo ato do mesmo espetáculo e não como coadjuvantes de um novo trabalho, o que fragiliza nossas ações.

Precisamos nos lembrar que em algumas oportunidades convocamos a cidade e o movimento cultural para dois encontros que chamamos de “Cultura em Questão” e que, nos dois encontros, foram promovidos debates com aqueles que à época pretendiam governar São José dos Campos. Nesses encontros, inclusive, já foram apontadas as futuras ações do PIG e de alguns políticos “progressistas”, mas nós ficamos pacientemente, quietamente...aguardamos...aguardamos...aguardamos.

Existem compromissos assumidos e um deles, talvez o mais importante para nós, produtores e criadores culturais, seria o Fundo Municipal de Cultura. E mais uma vez, como tantas outras, esses compromissos foram deixados de lado e nós, pacientemente, quietamente, aguardamos... aguardamos... aguardamos.

Saímos novamente à  luta. Fizemos reuniões, tentamos nos organizar, levantamos discussões, mobilizamos vereadores e elaboramos um modelo para o “nosso” Fundo Municipal de Cultura. E mais uma vez o poder nos olhou como meros coadjuvantes da cidade e nosso modelo foi para as gavetas do mesmo Prefeito que em 2004, publicamente, em um debate com a nossa participação ativa e interessada em melhorar a sociedade joseense, assumiu o compromisso de defender e criar o Fundo Municipal de Cultura de São José dos Campos.

O ponto principal, como reflete bem a Jacqueline, é que não existe eco entre a sociedade civil e o governo local. Esse ponto está, cada vez mais, nos distanciando de nós mesmos e, por conseqüência, está enfraquecendo nossa organização, nossa produção, nossa contribuição com o que poderíamos chamar de política cultural.

Em tempo: a nossa organização é tão fragilizada que, quando podemos expor nossa opinião, somos chamados de “curralzinho”!

Quando o Carlos Rosa diz “Somos mais importantes que a Fundação Cultural. Ela deve existir para a cidade toda e não nós para ela”, ele está absolutamente certo e coerente. Nós é que podemos ser os protagonistas da história cultural da cidade. A Fundação Cultural deve ser vista como uma possibilidade a mais de nosso trabalho e não a única fonte. Precisamos sim nos organizar para acabar com essa “grande fornecedora de tetas para os vereadores da nossa cidade” e demais políticos dessa  cidade.

Para finalizar, vamos refletir com Bertolt Brecht:

“Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora, não contentes, querem privatizar o conhecimento,
a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence”

Que o poder queira fazer isso com a classe artística e cultural eu até entendo - não aceito, mas entendo. Mas, que a própria classe artística e cultural queira fazer isso com a gente, eu não consigo entender e nem aceitar.

Portanto, vamos discutir sim a questão cultural na cidade, mas com respeito e com muita propriedade.

 
Andréia Barros - Atriz, jornalista e mestre em Artes pela Unicamp.

Poesia e Matemática (Ezra Pound)

"A poesia é uma espécie de matemática inspirada
que nos dá equações
para as nossas emoções"
- Ezra Pound

8 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DO BRASIL - 2

http://www.vnews.com.br/video.php?id=7404
(TO na UNIVAP: Uma vida mais alegre)

http://www.psbnacional.org.br/index.php/content/view/6793.html
(atentar para a seção "Genéricos")

http://www.youtube.com/watch?v=wZ8DTdVJ-1k
(entrevista de Ciro Gomes em 2009)

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/dilma-mostre-que-e-de-briga

LEVOU, MAS NÃO GANHOU (?!?)
Alckmin venceu no 1° turno com 50,63% dos "votos válidos", diz o TRE.
No entanto, essa porcentagem foi calculada CONSIDERANDO-SE NULOS os votos dados aos candidatos do PSOL, do PCO e do PCB para o governo (por "supostas irregularidades na campanha"). Façamos então as contas:
1) Foram pouco menos de 23 milhões de votos válidos em SP;
2) Os candidatos do PSOL tiveram ao todo 317 mil votos (1,4% dos votos para deputados em SP);
3) O militante PSOL faz votação casada no 50 para todos os cargos, ou seja: cerca de 317 mil votos para a eleição de governador foram anulados (considerando-se apenas o PSOL);
4) Some-se a isso os votos a candidatos do PCO (Caproni) e PCB (Grabois) - admitamos que a soma destes dois seja de "meros" 83 mil votos;
Agora, refazendo as contas:
(votação de Alckmin)/(votos que o TRE contabilizou + 400 mil) = ... isso dá 49,7%, ou seja: MENOS DE 50%!!!
- CONCLUSÃO: Provavelmente, uma das maiores FRAUDES da História do Brasil?! POR QUE A IMPRENSA NÃO INVESTIGA ISSO??

Acesse também:
- http://www.conversaafiada.com.br/
- www.viomundo.com.br/

Pensando Política Cultural

Fiquei sabendo de um encontro promovido no SESC SJC neste 07/10 com a proposta de discutir Política Cultural. Animado, fui pra lá. Escrever é algo que se impõe neste momento, pois não dá mais pra "passar recibo" em certas posturas. É importante a gente se posicionar, e defendo que seja: a) publicamente; b) se possível, por escrito; c) em texto assinado. Assim, contribuimos para um debate honesto, em que a divergência de ideias seja mais que "tolerada": seja respeitada.

Na verdade, não falei nada durante o encontro porque, confesso, o desenrolar da coisa foi desanimador (opinião, agora sei, compartilhada por outras pessoas que estavam no auditório e preferiram mais ouvir que falar). Rapidamente perdeu-se o foco, e o que era pra ser "roda de conversa" virou um chororô a respeito da Fundação Cultural da cidade. Em alguns momentos, lembrava um Palmeiras x Corinthians (se houvesse juiz, a mãe teria sido mencionada, com certeza).

O que me entristece é ter a sensação de que uma parte da comunidade artística joseense age como se estivesse refém da Fundação Cultural. Isso não faz sentido - não precisa ser assim!

Cultura se faz em MUITOS lugares e instituições. Nas escolas, por exemplo. Faculdades. Na rua e nas praças. Dentro das empresas. E, claro, também nos teatros e espaços mantidos por uma Fundação Cultural.

O fato: muitas cidades sequer possuem uma Fundação Cultural. Algumas não tem nem mesmo uma Secretaria de Cultura. Mas HÁ Arte sendo feita nesses lugares! Arte de qualidade, e em quantidade. Impossível não lembrar de São Luiz do Paraitinga, por exemplo. A cidade ficou submersa no início de 2010, eventos foram cancelados e conheço gente boa que achou que "estava tudo perdido". Que nada! A Cultura continua fervilhando por lá, e por onde quer que passem os artistas luizenses. Importante deixar claro: isso não tem nada a ver com "apoio do Estado". Tem a ver com a identidade profunda das pessoas (artistas ou não) com sua cidade, com a sensação de que "somos nós que fazemos isso funcionar". Isso é forte por lá! Um mês depois da calamidade, as bandas luizenses estavam viajando pelo estado e, aqui mesmo no SESC SJC, ouvimos a frase lapidar: "Gente, São Luiz não acabou não: só caíram umas paredes".
Acho que não precisa explicar nada. Só aplaudir.

Voltando ao encontro: o que acontece com a gente por aqui? Por que razão ficamos tão dependentes de uma Fundação Cultural?

Palmas pra Jaqueline, do Bola de Meia. O pessoal entendeu que tem que construir seu próprio caminho, e está fazendo isso brilhantemente. Wangy (Velhus Novatus), idem. Wangy tem um trabalho importante na Fundação Cultural, mas não se contenta com isso: é um agente cultural dentro e fora da Fundação.

Aliás, gostaria de propor a substituição da expressão "agente cultural" por "cidadão-artista". O engenheiro que curte, faz e produz Arte faz parte desse time (certo, Vander? certo, Atul?). O professor que vê a Arte como forma essencial de Educação também - seja ele artista ou não.

Precisamos entender que existem muitos caminhos para a Arte fora de uma Fundação Cultural. Temos que nos apropriar desta verdade. Construir nossos caminhos. Cláudio Mendel (quase um mestre zen durante a conversa; aprendeu com o Abreu, talvez?) deu a dica: pra aprovar o Fundo Municipal de Cultura é necessária mobilização de todos nós - senão não vai rolar. E nesse ponto acho que todos concordamos: tem que falar é com o prefeito. Fazer valer a vontade dos cidadãos-artistas.

Um encontro como o que tivemos hoje não é pra ficar discutindo salário de motorista, nem de regente de orquestra... se é possível saber destes valores, isso é ótimo, pois já mostra alguma transparência. Mas ficar batendo nessa tecla é se esquivar de discutir efetivamente Política Cultural.

Outra coisa: uma orquestra custa caro. E TEM que custar caro. É totalmente diferente de um projeto de circulação de folhetos de cordel, entendem? Não vamos entrar numas de achar que o dinheiro da orquestra poderia render X apresentações do grupo Y, pois é um (grave) erro pensar que uma coisa pode excluir a outra
(Obs.: não estou advogando em causa própria - sou o cara do cordel, não o da orquestra).

Magano, obrigado por trazer a conversa para um foco objetivo, positivo e propositivo: vamos batalhar pelo Fundo Municipal de Cultura.

Temos que propor ações voltadas para a promoção da Arte e da Cultura. Não é possível que tanto artista, gente inteligente, não encontre muitos e diversos caminhos para a produção artística!

Edital é importante no momento? Ok, vamos batalhar por isto.

Temos que pensar grande, de modo abrangente. E pensar grande significa também cuidar do que parece pequeno. Buscar formas novas pra fazer as coisas. Um exemplo bem ingênuo, pra começar: que tal um projeto "Arte no Poste"? Custo-quase-zero. Cada escritor "adota" um (ou 2, ou 3) postes no bairro onde mora - pontos onde passe bastante gente, de preferência - e semanalmente coloca lá um texto. O papel da Prefeitura seria apenas NÃO arrancar o texto (nem o poste). Ah, mas pode passar um cidadão qualquer, achar o texto bonito e levar, ou escrever por cima. Tudo bem!
(Experiência parecida foi feita na Unicamp no início dos anos 90. Anos depois, duas alegrias: conheci um professor de Inglês que tinha "retirado" um texto, e uma professora de Letras que tinha guardado outro texto.)

Na saída do teatro, lancei uma provocação: se por acaso a Fundação Cultural fosse varrida do mapa, o que faria cada um de nós? Lembro do Nelson Rodrigues: a gente tem que parar de querer fazer papel de vira-lata, pessoal! Tem que perder a mania de estender o pires ou o chapéu pra ver se pinga alguma moedinha. Então, pra não ficar dependendo de Fundação, quais seriam (serão?) nossos passos? Tomaríamos mais as rédeas da elaboração de uma Política Cultural? Essas são questões cruciais.

(Pausa afetiva: VIVA Reginaldo, Zenilda e o "Poesia no Prato"!!!)

No fim das contas, acho que todos nós temos condições de extrair coisas boas deste encontro, a começar pela própria iniciativa de se abrir o debate - parabéns à moçada do Estival por isso. Dá pra sacar que existe uma "demanda reprimida" por debates desse tipo na comunidade artística joseense. Vamos para o debate, então - isso é bom. E espero sinceramente que numa próxima oportunidade (em breve!) seja possível realizar realmente um encontro de propostas sobre Política Cultural.

Paulo Barja
P.S.: vejam o filme "The Wall" (ou escutem, ou leiam a letra). Pensem: o que fazer quando o Muro cai? Por que não começar agora?

7 de outubro de 2010

Os Vários Sentidos do Mar

(poema santista pro mestre Roldão)


Em espanhol,
a beira-mar
é  la orilla del mar
- e parece que o mar nos ouve.


Em inglês,
o mar é  the sea,
que lembra  to see  - e parece que o mar nos vê.


Em francês,
o mar é "A" mar:
La mer,  mar-mulher
- e parece que o mar nos ama.


Seja esse o nosso mar,
que a alma sabe enxergar
e, desde o berço, vivemos a escutar
...

...
...
- e amar.

6 de outubro de 2010

NOTÍCIAS DO BRASIL

- Saiu na internet: MARÍLIA GABRIELA FALSO EMAIL COM CRÍTICAS A DILMA
A jornalista disse que jamais teria escrito um email como este em que "aparece" criticando a Dilma.
Está estudando processar do DEM e PSDB que estão veiculando o texto falso atribuído a ela.
Para saber mais:
http://www.sejaditaverdade.net/blog2/?p=1453

- A psicanalista Maria Rita Kehl acaba de ser demitida do Estadão, simplesmente por ter escrito um texto posicionando-se a respeito da eleição.
O jornal "O Estado de SP" CENSURA seus jornalistas.
Para ler o texto (honesto e lúcido) que causou a demissão:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/maria-rita-kehl-dois-pesos.html

- Quando ministro, Serra AUTORIZOU o aborto em diversas situações.
Para saber mais:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/10/05/e-para-usar-o-aborto-na-campanha-ministro-serra-autorizou-muito-aborto/

- Com tantos e-mails falsos sendo disseminados (vide caso Marília Gabriela), surgiu um blog especificamente para denunciar o fato.
Visite:
http://anti-tucano.blogspot.com/2010/09/lista-de-emails-falsos-contra-dilma.html

Para ficar bem informado sobre a realidade dos fatos envolvendo a eleição de 31/10, acesse:
- http://www.conversaafiada.com.br/
- http://www.viomundo.com.br/

3 de outubro de 2010

Sobre as eleições

Eu sou um brasileiro feliz com este país.
Muito tem sido feito, muito mais há pra ser feito, e a democracia brasileira vai bem, obrigado.
Temos um sistema de urnas eletrônicas que é exemplo para o mundo (parabéns, Brasil).
E temos eleições em segundo turno - o que é BOM!
Bom mesmo pra nós, eleitores da primeira colocada neste primeiro turno.
Porque agora, no segundo turno, temos esperança de que será enfim dado espaço à discussão de propostas
(principalmente na área de Meio Ambiente, imagino).
Tivemos essa chance nas duas eleições de Lula, e valeu a pena.
Nesse momento, a minha vontade é de pedir que todos nós - que temos uma vida confortável, sim - pensemos no Brasil como um todo.
Vamos pensar na Educação. No Meio Ambiente. Na INCLUSÃO SOCIAL.
E vamos discutir, sim - muito! Nas ruas, praças, lanchonetes - e na universidade.
Sem preconceitos. Sem neuras. SEM OFENSAS.
Sem ficar "escarafunchando" a vida pessoal dos outros.
Discutir ideias. Ideais.
E, dia 31, que fale a voz das urnas!
Que fale a voz do POVO - a voz do nosso país.
P.R.Barja

1 de outubro de 2010

Aberta a Exposição de Fotopoemas

Desde minha vinda para São José dos Campos, em 2002, venho fazendo registros fotográficos da cidade. A partir de 2007, esse olhar fotográfico passou a incluir também outras localidades. Com o tempo, surgiu a fusão entre Poesia e Artes Visuais, com a criação de poemas curtos a partir dos registros fotográficos. Boa parte dessa produção se encontra na exposição "Fotopoemas: de São José para o Mundo", aberta à visitação pública em outubro, na Biblioteca Municipal.

Exposição: "Fotopoemas: de São José para o Mundo"
Local: Biblioteca Municipal Cassiano Ricardo - R. XV de Novembro, 99 - Centro, São José dos Campos
Período: de 02 a 30 de outubro de 2010
Horário: 2ª a 6ª das 8h15 às 17h, sábados das 8h15 às 12h45
Telefone: (12) 3921.6330
Para maiores informações sobre o trabalho, visite:

Nasceu de novo...

... o Cabaré da Cidade... que bom!
Tivemos a primeira lotação do CAC Walmor Chagas de casa nova!
E já pintou uma proposta maravilhosa: fazer TODO fim de mês, sempre incluindo cenas (e músicas) novas.
Pra ser um "respiro" na vida de todos nós que participamos.
Pra poder experimentar ideias novas...
E assim trazer leveza e alegria pra todo mundo que vier prestigiar.
Marquem aí na agenda: dia 28/10 tem mais!

Oficina do Imaginário oferece teatro a pessoas portadoras de deficiência

A Oficina do imaginário é um curso de teatro com abordagem multidisciplinar que usa tecnicas teatrais, de dança, música, expressão corporal utilizando a reflexão e sensibilização humana como parte integrante das atividades.
O público alvo são pessoas com deficiência (física, mental, sensorial) ou mobilidade reduzida, que queiram compartilhar, criar e investigar as possibilidades de expressão artística. As aulas são abertas também a pessoas sem deficiência que tenham interesse em participar do processo. O trabalho desenvolvido nas oficinas artísticas visa a realização e a formação pessoal de cada indivíduo envolvido, seja no elenco, na produção ou no público, indo além da obra em si, valorizando o processo de pesquisa, investigação e experimentação do trabalho.
O objetivo principal é a inclusão social, a integração desses indivíduo com eles mesmos e com o mundo.
Através de técnicas de dança e do teatro ,o curso pretende desenvolver um processo criativo baseado na igualdade. Não se trata apenas de arte, mas de arte inclusiva com um propósito claro de promover a expressão artística através da diversidade.
Os espetáculos que serão criados a partir desse trabalho, irão contar com diferenciadas capacidades físicas e mentais, o que colocará o espectador em uma situação de reavaliar seus paradigmas, seus preconceitos e suas atitudes perante a deficiência.
A proposta é fazer com que a arte seja um meio de criar um modelo/ mecanismo sincero de reflexão sobre nossa sociedade, onde as (im) possibilidades físicas ou de capacidade mental não sejam consideradas um problema em si mesmas, uma vez que fazem parte da diversidade humana.
Desejamos que a arte seja um meio de criar uma reflexão sobre nossa sociedade .
O curso é oferecido pela Oficina do Imaginário, através do CAE (Instituto Cultural, Ambiental e Educacional). O CAE tem como objetivo fazer a intersecção entre cultura e seu meio, utilizando a educação como força propulsiva da cidadania e do fazer sustentável,dinamizando atividades para o fluir artístico.
Local: Oficinas Culturais Pagu – Cadeia Velha de Santos
Praça dos Andradas, s/n º
Segundas, das 19:30h às 21h
Para a inscrição é necessário levar cópia de documento de identidade, comprovante de residência e uma foto 3x4.
Informações: oficinadoimaginario@hotmail.com
Fone: 13 -3027-3644 ou 9170-1501