29 de junho de 2012

Agradecimento

Prezado professor,
Escrevo para agradecer a sua compreensão.
E, principalmente, a sua paciência e dedicação.
Eu entendo a importância da sua disciplina (...)
Mais uma vez obrigada, eu precisava de tranquilidade (...) e você me deu isto.

(mensagem enviada por uma aluna)
Prezada aluna (e amiga),
Agradeço seu agradecimento.
Foi muito gratificante poder acompanhar e testemunhar de perto seu esforço e aprendizado.
Sei que foi um desafio para você - e nem todo mundo tem disposição para aceitar este tipo de desafio hoje em dia.
Você aceitou.
Neste processo, espero que tenha percebido o tamanho da sua capacidade.
O melhor aluno nem sempre é o que tem a melhor nota.
Por sua postura, por seu exemplo, você está entre meus melhores alunos.
Felicidades!
P.R.Barja

27 de junho de 2012

Carta do Leitor (26/06/2012)


Da seção CARTA DO LEITOR, "O Vale", 26/06/2012

Educação     
A cada dia gosto mais de dar aulas, principalmente pela possibilidade inestimável de diálogo com a moçada que, afinal, vai cuidar desse país quando a gente não estiver mais por aqui. Nesse contato, podemos estimular o senso crítico dos jovens e, por isso, dar aulas é - cada vez mais - uma atividade política.

Paulo Barja

24 de junho de 2012

Dominical

(para a escritora Rita Elisa Seda, agradecendo pela leveza)

   Em pleno domingo, acordei às 7 da manhã. Às vezes, é natural: o corpo, acostumado à rotina semanal, sente que está passando da hora de levantar. Mas hoje não foi o caso: acordei com os gritos de um "pastor" da igreja evangélica mais próxima. Às 7h de um domingo, ele iniciou sua pregação a plenos pulmões - e com microfone, talvez para garantir que dezenas ou centenas de pessoas da vizinhança acordassem.
   Fiquei bravo, claro: será que ele não sabe que isso é uma violência contra o próximo? E questionei qual seria o papel de Deus nisso tudo: "será que Ele usa aquele pastor para testar nossa capacidade de perdoar e até oferecer a outra face (ou, no caso, o outro ouvido) diante de tamanha agressão?
   Sem resposta, não tive como ficar na cama - fui até a cozinha preparar o café da manhã. Aí resolvi fazer uma salada de frutas (luxo impossível na correria semanal): mamão, maçã, banana. Aí, de repente, fui novamente visitado pela percepção de como é maravilhosa a Natureza. Quanto nos oferece! Detalhe: sem cobrar dízimo e, na maioria das vezes, silenciosamente...
   O café ficou pronto; o dia também. Sensação de agradecimento pelas gentilezas da Vida. Gratidão por sutilezas que combinam com o silêncio - um silêncio pleno, de felicidade tranquila.
   Levantar a voz? Sim: sempre que for necessário denunciar alguma injustiça.
   Para agradecer, às vezes basta o silêncio...
P.R.Barja

19 de junho de 2012

Poesia-notícia


(poema de abertura do Cordel da Cidadania, preparado no período jun/2011 - jun/2012)


Faço poesia-notícia
sobre as coisas da cidade
pra discutir as questões
da nossa sociedade,
pois todo artista engajado
tem que estar sintonizado
com sua comunidade.

Como o galo do poema
que tece a própria manhã,
a partir da nossa história
surge um novelo de lã
que se desdobra em poesia,
falando do dia-a-dia
para a luta não ser vã.

Não é poesia romântica,
mas alimenta a milícia
sem insulto nem ofensa,
sem ter papel de polícia;
sem partido, mas política,
nascida de visão crítica
é a poesia-notícia.
P.R.Barja

16 de junho de 2012

Vídeo - para Antônio Barja Filho

Uma música e um clipe para o eterno maestro Barja, ou simplesmente Barja - meu pai.


Clique aqui para ler a letra da música
P.R.Barja

Carta do Leitor (16/06/2012)


Da seção CARTA DO LEITOR, "O Vale", 16/06/2012


Pinheirinho

São 1.700 famílias. Pelos atos filmados e fotografados, ainda que à revelia do Estado e da prefeitura, todos estes terão direito a indenização. Se esta for dada pelo valor médio de R$50.000 por família, para cerca de 1.000 famílias, e somando-se a isso tudo que já foi gasto (sem questionar o mérito) na malfadada Operação Pinheirinho, fica claro, na ponta do lápis, que a violência perpetrada pelo Estado com nosso dinheiro saiu caríssima para todos nós.
Regularizar --e cobrar o valor justo-- teria sido, não apenas em termos humanitários como até mesmo financeiros, muito melhor para a sociedade.

Paulo Barja

12 de junho de 2012

Carta do leitor (12/06/2012)


 Da seção CARTA DO LEITOR, "O Vale", 12/06/2012

Unificação da Polícia

Perguntar não ofende: por que é que não se trabalha pela unificação da população, com todos tendo as mesmas oportunidades? Inclusive podendo pagar pela regularização de terrenos, fazer inscrição de seus filhos em escola pública, ter atendimento de saúde sem ter que esperar por horas, mesmo na rede pública etc.

Paulo Barja

9 de junho de 2012

Um toque sobre o futebol nas artes

Um pedido sincero aos queridos grupos de teatro do meu Brasil:
seria interessante que não se colocasse os personagens pobres/ferrados/bandidos de arma na mão usando camisa de time de futebol... o Corinthians é a "vítima" preferencial, e olha que não sou corintiano, mas esse tipo de representação reflete uma visão preconceituosa...
e, ao fazer isso, estimula uma associação entre futebol e violência que não faz bem pra nenhum de nós, né mesmo?
Modestamente, tenho defendido que se entenda o futebol como arte, onde cabe a convivência e a integração, ao invés da violência.
Enfim, é só pra gente pensar a respeito.
Saudações santistas, artísticas e pacíficas a todos,
P.R.Barja

7 de junho de 2012

Oração

(letra da canção que fiz para meu pai, pouco após sua partida; acho que vale pra outras pessoas em momentos semelhantes, em que a dor é forte, mas a gratidão também, por tudo que se viveu junto)


eu te agradeço
pelas palavras                            pelo silêncio
pelos momentos                           por todo o tempo
por toda a vida
eu te agradeço
 
eu te agradeço
pelo calor                     e pelo vento
pelo carinho                          pelo alimento
pelo tempero
eu te agradeço
 
eu te agradeço
até a dor
dentro do peito
a maior prova
de que estou certo
disso que sinto
de que estou vivo
por isso eu sigo
e te agradeço

P.R.Barja,
para o eterno "maestro Barja"

Treino


Dia de chuva, escuro, frio - tempo ideal pra bater bola.
O treino é curto, mas puxado.
A cada instante, implacável, a auxiliar técnica grita:
 


 "Estique mais essa perna!"
"Tem que esticar mais!" 
"Precisa correr mais!"
"CORRE, pai!" 

 - A auxiliar técnica é a Bebel, 8 anos de idade, mas com surpreendente experiência no ramo.

5 de junho de 2012

Impasse cotidiano em moto perpétuo


- Estou sem tinta na minha impressora, a senhora faz a solicitação...?

- Não!

- ???

- O senhor precisa IMPRIMIR a requisição!

- Estou sem tinta na impressora...
P.R.Barja,
2012