(para a escritora Rita Elisa Seda, agradecendo pela leveza)
Em pleno domingo, acordei às 7 da manhã. Às vezes, é natural: o corpo, acostumado à rotina semanal, sente que está passando da hora de levantar. Mas hoje não foi o caso: acordei com os gritos de um "pastor" da igreja evangélica mais próxima. Às 7h de um domingo, ele iniciou sua pregação a plenos pulmões - e com microfone, talvez para garantir que dezenas ou centenas de pessoas da vizinhança acordassem.
Fiquei bravo, claro: será que ele não sabe que isso é uma violência contra o próximo? E questionei qual seria o papel de Deus nisso tudo: "será que Ele usa aquele pastor para testar nossa capacidade de perdoar e até oferecer a outra face (ou, no caso, o outro ouvido) diante de tamanha agressão?
Sem resposta, não tive como ficar na cama - fui até a cozinha preparar o café da manhã. Aí resolvi fazer uma salada de frutas (luxo impossível na correria semanal): mamão, maçã, banana. Aí, de repente, fui novamente visitado pela percepção de como é maravilhosa a Natureza. Quanto nos oferece! Detalhe: sem cobrar dízimo e, na maioria das vezes, silenciosamente...
O café ficou pronto; o dia também. Sensação de agradecimento pelas gentilezas da Vida. Gratidão por sutilezas que combinam com o silêncio - um silêncio pleno, de felicidade tranquila.
Levantar a voz? Sim: sempre que for necessário denunciar alguma injustiça.
Para agradecer, às vezes basta o silêncio...
Sem resposta, não tive como ficar na cama - fui até a cozinha preparar o café da manhã. Aí resolvi fazer uma salada de frutas (luxo impossível na correria semanal): mamão, maçã, banana. Aí, de repente, fui novamente visitado pela percepção de como é maravilhosa a Natureza. Quanto nos oferece! Detalhe: sem cobrar dízimo e, na maioria das vezes, silenciosamente...
O café ficou pronto; o dia também. Sensação de agradecimento pelas gentilezas da Vida. Gratidão por sutilezas que combinam com o silêncio - um silêncio pleno, de felicidade tranquila.
Levantar a voz? Sim: sempre que for necessário denunciar alguma injustiça.
Para agradecer, às vezes basta o silêncio...
P.R.Barja
Nossa!... que lindo. É por isso que fui morar no sitio, lá eu comungo o silêncio, melhor que qualquer "gritaria"!
ResponderExcluirPor incrível que pareça, querido poeta, aqui na esquina do prédio onde moro, há mais de seis anos existe uma igreja igualzinho a descrita por você nessa crônica. Foi uma das razões que me fez afastar da cidade.
Ainda bem que você encontra no seu silêncio motivo de gratidão. Afinal... Deus só é surdo quando está longe, fora de nós, quando... dentro... o encontramos no Silêncio! Beijos, felicidades, saúde e paz!
Querida Rita, disse tudo! Estou encaminhando pra você (via Facebook) uma postagem que fala/ilustra esse silêncio bom do campo...
ExcluirAbraços!
Ei, Paulo, você sempre atento às belezas e verdades da vida! Obrigada por compartilhar!
ResponderExcluirAbraços,
Sônia
Obrigado a você, Sônia, pela presença!
ExcluirAbraços,
Paulo