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11 de julho de 2013

Sementes


Às 6h15, acordo semeando sonhos, novas ilusões para os novos homens de cada dia. Sementes. Muitas não frutificarão, cortadas pela foice frequentemente violenta do cotidiano. Outras secarão, ou serão contaminadas por desilusão já nas primeiras 24h. Mas, aqui e ali, num canteiro despreocupado, algumas sementes vão vicejar. Superando a impossibilidade, vão se desenvolver. Dia a dia, silenciosamente no início, vão ganhar força. E há de nascer ao menos um poema. 
Um poema cuja simples vontade de nascer será mais bela que os próprios versos.

P.R.Barja

15 de maio de 2013

haikais de infância



ainda criança:
em sonho, revisitei
brinquedos da infância



(delírio total:
 brinquei com tudo de novo
 - e foi tão legal!)


P.R.Barja

22 de fevereiro de 2012

Carnaval - II


A porta-bandeira,
Quando apareceu,
Abriu um batuque
Neste peito meu

Depois do desfile
O baile foi bom
E a minha cuíca
Subiu logo o tom

Lançamos perfume
Jogamos confete
Saímos do baile
Pintamos às sete

Depois, bem mais tarde
(ou cedo, talvez),
Abrimos desfile
Dançando outra vez

Eu, mestre, na sala,
Já mostro ser bamba;
Na porta, a bandeira
Aplaude meu samba

Não sei se foi sonho...
Se não foi real,
Eu durmo de volta
Pro meu carnaval

P.R.Barja

28 de julho de 2011

Soneto sonhado

sonhei 1 sonho sem palavras com você
mas de um silêncio leve e doce, bem risonho
melhor, sem dúvida, que o verso que componho
para contar aqui do como e do porquê

sonhei 1 sonho sem palavras com você
mas nesse sonho havia gesto, encontro, festa
havia aceno da alegria mais honesta
de vida mesmo, não cinema ou dvd

sonhei 1 sonho sem palavras com você
como dizer? um sonho bem horizontal
que parecia verdadeiro, por sinal

sonhei 1 sonho sem palavras com você
mas te confesso: havia muita coisa ali
tanto é verdade que, em verdade, mal dormi


(P.R.Barja, Julho/2011)