18 de maio de 2013

Soneto libertário ao homem-prego

 
Começo a entender o Plínio Marcos:
há muitos homens-prego nesse mundo!
Gente que nunca viveria em barcos.
Que falta faz o sábio vagabundo!
 
Os homens-prego prendem-se a paredes
formadas por certezas obsoletas.
São peixes presos pelas próprias redes.
Vontade de acorda-los com cornetas!
 
Encontro o homem-prego em sua sala,
que até parece caixa. Quando eu entro,
já vou dizendo logo: faça a mala!
 
Abrir a caixa é coisa que se adora.
Pra que viver trancado assim por dentro?
A vida é festa em casa e também fora!
 
(P. R. Barja)
 

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