(sobre as ofensas recebidas por Chico Buarque no Leblon)
para bom entendedor
bobagem não é pecado
na minha linha do tempo
comentário é liberado
mas eu quero deixar claro
que na vida tenho um lado
vou muito além de partido
mas meu verso inconformado
será sempre solidário
ao artista achincalhado
que difunde em sua obra
um consistente recado
CasaGrande já existiu
Senzala está no passado
muito falta melhorar
neste Brasil melhorado
mas ofensa se responde
com verso qualificado
canção de grande riqueza
e texto bem humorado
23 de dezembro de 2015
15 de novembro de 2015
29 de outubro de 2015
Dois Vídeos
Depois de um longo tempo sem postar nada por aqui...
"YELLOW" (Coldplay)
"CHANCE PRA PAZ" (Lennon/Ono/Barja)
Turma PP 2015 cantando
na aula de Expressão Artística
da FCSAC/Univap
14 de julho de 2015
10 de junho de 2015
UM RESGATE JUSTO - e necessário
Como cristão, fiquei sinceramente comovido ao ver a belíssima foto que reproduzo abaixo. A verdade é que, após muitas apropriações da crucificação (principalmente em capas de revistas da grande mídia), finalmente pudemos ver uma imagem que resgata o poder e a força da crucificação de Cristo.
Sei que algumas pessoas podem questionar o que considero "resgate justo" da força original da cruz como símbolo cristão. Por que digo isso? Porque Cristo nunca foi personagem de igreja-butique (entrem numa igreja hoje e perguntem onde fica a lojinha, vocês provavelmente encontrarão modelos de cruz de todos os tamanhos e preços). Ao contrário: Jesus foi perseguido, assim como seus seguidores. Viveu à margem da sociedade da época, sendo portanto um "marginal", no sentido estrito do termo. Foi também um "subversivo", para usar um termo que a turma do Bolsonaro adora aplicar (em geral, para as pessoas erradas) ao defender aqueles que não tinham defesa. Observem: nada disso aparece nas capas da Veja e da Placar, quando se utilizaram da cruz.
Por fim, ver alguém na cruz inevitavelmente desperta em nós (em mim, pelo menos) piedade, compadecimento... Empatia: "é uma pessoa comum ali, poderia ser você ou seu filho".
Viviany Beleboni: obrigado por renovar em mim a fé cristã, nesse mundo tão cheio de gente que ostenta arrogância e intolerância incompatíveis com a fé que dizem professar.
Só para lembrar: na mesma semana, o grande Zé Celso teve que se defender num processo movido contra ele por um religioso que se disse ofendido com uma representação ocorrida na PUC, em 2012. Pois bem. Como cristão, digo: VIVA VIVIANY! VIVA ZÉ CELSO!
(Foto: João Castellano, Agência Reuters) |
Diariamente (como Caeiro)
Dia após dia, busco na prática o aprendizado dessa arte: "viver". Talvez, um dia, aprenda - tenho esperança. Mas não tenho pressa. É desses casos em que se deve andar reparando bem no caminho...
19 de maio de 2015
Caetano e "Irene"
Sempre achei que IRENE fosse uma das canções leves do Caetano. Não é...
Após ser eliminado do Festival de Música Popular Brasileira por conta de seu discurso em É PROIBIDO PROIBIR (em solidariedade a Gil, também desclassificado), a dupla foi presa e teve os cabelos raspados. Foi na cadeia que Caetano compôs os versos de IRENE. Essa informação é essencial para que se compreenda a letra da canção:
“Eu quero ir, minha gente
Eu não sou daqui
Eu não tenho nada...”
O disco com a canção IRENE, lançado por Caetano em 1969, tem outra peculiaridade: ele NÃO aparece na capa. Ainda estava de cabelo curto... Somente em seu disco seguinte (o “álbum inglês”), Caetano volta a aparecer na capa. A foto é tristíssima: um baiano no frio londrino... mas ele já estava de cabelo comprido.
P.R.Barja
2 de maio de 2015
RESPOSTA DE UM PROFESSOR à fala do senador (Cordel Joseense 56)
Brasília, 2015:
numa sessão do Senado
o “nobre” senador Serra
(há pouco tempo empossado)
produziu, ao microfone,
um discurso equivocado:
Foi se queixar, no plenário,
das horas-atividade
pagas para os professores
e bem justas, na verdade.
Professor trabalha muito:
negar isso é vã maldade!
No discurso, o senador
usou um termo insolente:
disse que os mestres ganhavam
só para “supostamente”
preparar as próprias aulas...
Senador, seja decente!
(faço aqui breve parênteses:
para estes versos fazer,
antes corrigi 100 provas,
pois esse era meu dever,
e fui depois, na internet,
o diário preencher)
O senador criticava
(falta alça em sua mala)
que o professor recebesse
40 horas... sua fala:
“10 horas-atividade,
SÓ 30 horas na sala!”
Porém, depois do discurso,
nenhum jornal registrou
a bronca que o senador
de professores levou;
uso então estas sextilhas
pra mostrar nosso valor.
“Prezado Senador Serra:
o senhor não foi eleito
pra bater em professor
nem negar nosso direito.
Mas, se quiser discutir,
sou professor: eu aceito.
Por sinal, sei que o senhor
também é nosso colega:
sei dos vídeos no YouTube
- quem correr ainda pega -
de aulas suas em campanha...
O senhor sabe e não nega.
Não vou questionar as aulas
nem os seus erros de conta,
pois o senhor, pelo visto,
nenhum erro em mim aponta.
O debate é sempre bom,
nunca é uma coisa tonta.
O senhor falou de "custo":
professor tem custo, sim!
Senador também tem custo:
o senhor acha ruim?
Vamos debater agora
isso, tintim por tintim.
Neste primeiro bimestre,
corrigi (e ainda bem!)
trezentas e tantas provas
sem dever nada a ninguém.
Aulas? Posso assegurar
que dei muito mais de cem.
O senhor não se preocupe:
Não ache que é tão difícil...
Corrigi mais de trezentas
e dez listas de exercício.
Sei que, pro senhor também,
trabalhar é um doce vício...
De quantas sessões ao todo
o senhor participou
nessas últimas semanas,
no bimestre que passou?
E os projetos sociais,
afinal, quantos votou?
Na trilha do seu discurso,
não cabe fazer piadas:
precisamos discutir
as "horas não trabalhadas"
também aí no Congresso
- são verdades mal faladas...
Que tal se a gente parasse
de pagar os senadores
pelas promessas que fazem
sob a luz dos refletores
e a tal “meritocracia”
fosse aplicada aos senhores?
E, para não perder tempo,
eu também pergunto, então:
por que o senhor defendeu
essa terceirização
que ao nosso trabalho honesto
gera precarização?
Eu já estou até achando
que a tal terceirização
veio de outro senador
que em segundo turno NÃO
se elegeu e, num terceiro,
sonha ganhar a eleição...!
Quem já comprou prédio inteiro
conhece dinheiro vivo...
Senador: na Educação,
não diga “custo excessivo”
pois o preço da ignorância
é mais alto e permissivo.
Talvez mesmo os professores
ganhar melhor já pudessem,
se os senadores ganhassem
realmente o que merecem
e bem menos assessores
os políticos tivessem.
Deixo aqui no meu cordel
a modesta sugestão:
que descontem do salário
do “Senador-da-nação”
as horas-atividade
que trabalhadas não são.
P rezadíssimo político:
R espeito é muito importante.
B asta treinar; é possível
A vançar nisso bastante.
R esta só falar bem menos,
J ogando fora os venenos:
A gradeço nesse instante!
numa sessão do Senado
o “nobre” senador Serra
(há pouco tempo empossado)
produziu, ao microfone,
um discurso equivocado:
Foi se queixar, no plenário,
das horas-atividade
pagas para os professores
e bem justas, na verdade.
Professor trabalha muito:
negar isso é vã maldade!
No discurso, o senador
usou um termo insolente:
disse que os mestres ganhavam
só para “supostamente”
preparar as próprias aulas...
Senador, seja decente!
(faço aqui breve parênteses:
para estes versos fazer,
antes corrigi 100 provas,
pois esse era meu dever,
e fui depois, na internet,
o diário preencher)
O senador criticava
(falta alça em sua mala)
que o professor recebesse
40 horas... sua fala:
“10 horas-atividade,
SÓ 30 horas na sala!”
Porém, depois do discurso,
nenhum jornal registrou
a bronca que o senador
de professores levou;
uso então estas sextilhas
pra mostrar nosso valor.
“Prezado Senador Serra:
o senhor não foi eleito
pra bater em professor
nem negar nosso direito.
Mas, se quiser discutir,
sou professor: eu aceito.
Por sinal, sei que o senhor
também é nosso colega:
sei dos vídeos no YouTube
- quem correr ainda pega -
de aulas suas em campanha...
O senhor sabe e não nega.
Não vou questionar as aulas
nem os seus erros de conta,
pois o senhor, pelo visto,
nenhum erro em mim aponta.
O debate é sempre bom,
nunca é uma coisa tonta.
O senhor falou de "custo":
professor tem custo, sim!
Senador também tem custo:
o senhor acha ruim?
Vamos debater agora
isso, tintim por tintim.
Neste primeiro bimestre,
corrigi (e ainda bem!)
trezentas e tantas provas
sem dever nada a ninguém.
Aulas? Posso assegurar
que dei muito mais de cem.
O senhor não se preocupe:
Não ache que é tão difícil...
Corrigi mais de trezentas
e dez listas de exercício.
Sei que, pro senhor também,
trabalhar é um doce vício...
De quantas sessões ao todo
o senhor participou
nessas últimas semanas,
no bimestre que passou?
E os projetos sociais,
afinal, quantos votou?
Na trilha do seu discurso,
não cabe fazer piadas:
precisamos discutir
as "horas não trabalhadas"
também aí no Congresso
- são verdades mal faladas...
Que tal se a gente parasse
de pagar os senadores
pelas promessas que fazem
sob a luz dos refletores
e a tal “meritocracia”
fosse aplicada aos senhores?
E, para não perder tempo,
eu também pergunto, então:
por que o senhor defendeu
essa terceirização
que ao nosso trabalho honesto
gera precarização?
Eu já estou até achando
que a tal terceirização
veio de outro senador
que em segundo turno NÃO
se elegeu e, num terceiro,
sonha ganhar a eleição...!
Quem já comprou prédio inteiro
conhece dinheiro vivo...
Senador: na Educação,
não diga “custo excessivo”
pois o preço da ignorância
é mais alto e permissivo.
Talvez mesmo os professores
ganhar melhor já pudessem,
se os senadores ganhassem
realmente o que merecem
e bem menos assessores
os políticos tivessem.
Deixo aqui no meu cordel
a modesta sugestão:
que descontem do salário
do “Senador-da-nação”
as horas-atividade
que trabalhadas não são.
P rezadíssimo político:
R espeito é muito importante.
B asta treinar; é possível
A vançar nisso bastante.
R esta só falar bem menos,
J ogando fora os venenos:
A gradeço nesse instante!
Paulo R. Barja
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29 de abril de 2015
Matemática - na Aula e na Vida
Prezados,
como educador, eis alguns pontos que considero importantes:
1) Na maioria dos problemas propostos em Matemática ou Estatística, ao contrário do que alguns pensam, o mais importante não é simplesmente “fazer contas”. Precisamos avaliar criticamente o resultado das contas. Que significa isso? Temos que prestar atenção para ver se o resultado é minimamente consistente com o bom senso.
Observem este exemplo: “20 alunos responderam uma prova, obtendo as seguintes notas: ............ – A partir destes resultados, calcule a média da turma”. Neste caso, observando-se que as notas variaram de 0 a 10, não é possível aceitar como resultado uma resposta do tipo “65”. NÃO adianta o aluno dizer que esqueceu a vírgula; na verdade, faltou analisar o resultado.
Outro exemplo: é dada uma lista dos números de calçados e, perguntado o valor médio, alguém responde “3,7”. Isso não é número de calçado, gente!
(Não no Brasil, pelo menos).
2) É essencial saber redigir a resposta. NÃO adianta dizer: “ah, prof, a conta está aí, tá óbvio que é o resultado, a gente não tá aqui pra ficar escrevendo” – muito pelo contrário: em algum momento da vida, todos nós teremos que apresentar algum resultado – seja em relatório, seja em palestra, seminário ou mesmo bate papo. E, claro, espera-se que as frases sejam bem redigidas, sem erro de concordância por exemplo.
3) Finalmente: é importante estar pronto a justificar e analisar uma resposta numérica. Não basta dizer “olha, a conta deu esse valor aí”. Se o salário médio nos classificados de um jornal vale “R$1000” e o aluguel médio nos classificados do mesmo jornal vale “R$800”, temos que discutir o grave risco de que pessoas deixem de comer para pagar aluguel.
E, a partir desta constatação, talvez devamos fazer algo a respeito, não?
Só para encerrar: viva Boal, viva Freire! Saudações,
Paulo Barja
25 de abril de 2015
22 de abril de 2015
13 de abril de 2015
Novo projeto: #antimáquina
Criaram
um computador
capaz de contar piadas;
depois, porém, só silêncio...
Trabalha agora o inventor
buscando o público: máquinas
capazes de dar risadas.
P.R.Barja
8 de abril de 2015
Livros no Festival da Mantiqueira 2015
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1 de abril de 2015
25 de março de 2015
24 de março de 2015
Absurdo injustificável
Em 1964, o Arcebispo de Olinda e Recife, D. Helder Câmara, foi até o Exército para reclamar das torturas cometidas na ditadura contra presos políticos.
O coronel Helio Ibiapina então respondeu:
- Nós torturamos para não fuzilar.
Nos 20 anos seguintes, muitos foram torturados.
Muitos também foram mortos, e não apenas por fuzilamento: havia, por exemplo, aqueles que eram atirados de aviões ou do alto de prédios.
P.R.Barja
(a partir do relato publicado por Elio Gaspari no livro "A Ditadura Envergonhada")
21 de março de 2015
Vestibular - Brasil 2015
obs.: fontes das fotos: Carta Capital / Folha de S.Paulo / GloboNews / Emicida - Jean Wyllys (postagens do Facebook)
27 de janeiro de 2015
Microconto
Procurou, no canivete de 38 funções, uma que tirasse dor de amor. Acabou desistindo.
P.R.Barja
11 de janeiro de 2015
VÍDEOS - Cordéis Joseenses no Programa MAIS CULTURA NA ESCOLA
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