29 de setembro de 2010

Cabaré da Cidade - 30/set/2010

O Cabaré da Cidade, que esteve em cartaz de 2002 a 2004 em São José dos Campos e região, está de volta! Venha prestigiar nossa reestreia e aproveite para conhecer o novo Centro de Artes Cênicas Walmor Chagas (agora na Rua Netuno, 41 - Jardim da Granja, SJC).


Obs.: quinta à noite, com música ao vivo e cervejinha... só alegria, né?

Campanha CONTRA o "Acordo Comercial Anti Falsificações"

Veja trechos do alerta original da AVAAZ:

Caros amigos,
Os governos mais ricos do mundo estão negociando esta semana um acordo secreto que poderá restringir a comercialização de medicamentos genéricos essenciais. Milhões de pessoas pobres dependem destes medicamentos para tratar doenças como a malária e o HIV. Se o acordo for adiante, muitas pessoas não terão mais acesso a remédios de baixo custo, colocando milhões de vidas em risco.
(...)
As nossas vozes podem trazer este absurdo à tona. A pressão popular já conseguiu parar negociações comerciais injustas antes. Agora podemos novamente garantir que nenhum acordo injusto seja assinado em reuniões fechadas. Assine a petição agora por um processo aberto e justiça para medicamentos genéricos – a Avaaz e parceiros irão entregar a petição semana que vem nas negociações em Tóquio.
(...)
O chamado ACTA, Acordo Comercial Anti Falsificações, foi intencionalmente mantido fora dos holofotes públicos. Mas agora ele vazou e defensores da saúde pública e da liberdade na Internet estão soando o alarme. Nas últimas semanas a China, Índia e o Parlamento Europeu começaram a criticar o acordo.
O acordo proposto é bem preocupante, mas a sua parte mais absurda se refere aos genéricos. O ACTA trataria muitos medicamentos “genéricos” e "falsificados" de forma idêntica, sujeitando os genéricos às mesmas táticas de “apreensão e destruição” aplicadas aos medicamentos falsificados.
Gigantes da indústria farmacêutica afirmam que isto é necessário para proteger os consumidores - mas eles mesmos vendem versões genéricas de medicamentos cujas patentes expiraram.
(...)
O que está em jogo é entre o lucro das empresas farmacêuticas versus a vida das pessoas pobres. Assine a petição e divulgue:
http://www.avaaz.org/po/acta/97.php?cl_tta_sign=6bf4a7b1d573bc86b784ea1df61635ef

Microconto hospitalar

Explicando o acidente:
– É que ali nunca teve porta de vidro, né?

27 de setembro de 2010

Cordel em 3 tempos

Maratona cordelística pelas escolas e colégios joseenses:

na Escola Avanti...

... no Poliedro...

... e no Anglo

22 de setembro de 2010

Microconto de amor futebolístico

Começaram o jogo brigados, cada um numa ponta do sofá. O gol contra, no fim do primeiro tempo, parecia selar tudo. Mas veio o segundo tempo e a virada: 3 a 1. Noivado com data marcada.

21 de setembro de 2010

Lampião

Noite fria. Dou-te um teto
feito de palhas de afeto.
Com a luz do coração,
acendo teu lampião.

18 de setembro de 2010

Leitura faz bem em qualquer idade

A matéria a seguir fala sobre a importância do hábito de ler. Crianças a partir de 6 meses de idade já são beneficiadas pela exposição ao hábito da leitura:

http://delas.ig.com.br/filhos/ler+para+os+bebes+aumenta+vocabulario/n1237779086961.html

17 de setembro de 2010

13 de setembro de 2010

Quando o Não-lugar vira Lugar

(ou "O combinado e o improvisado")


Acabo de chegar de uma apresentação-surpresa: nem eu sabia que aconteceria.
No encerramento do Festivale, esgotaram-se os ingressos para a peça "da Lucélia Santos", e muita gente ficou de fora.
Tanto artista pelejando pra juntar público, e tanto público ali sem poder ver o artista!
Não dava pra ficar daquele jeito, pensei.

Conversei com algumas pessoas que não tinham conseguido ingressos, pra saber se teriam interesse em ouvir cordéis. O pessoal topou - animadamente, pra minha alegria.
Esclareço que em nenhum momento houve a ideia de fazer um protesto. O que bateu forte foi a vontade de garantir que as pessoas que foram buscar arte na noite de domingo, naquele espaço, tivessem acesso à arte de alguma forma.

- Pessoal, já aviso que não tenho nada a ver com a Lucélia Santos, ok?
(risos).
Aí perguntei pro povo:
- Pessoal, vamos para a praça ou ficamos aqui mesmo, do lado de fora do Teatro Municipal?
(que fica no último piso de 1 shopping, pra quem não conhece São José dos Campos)
Como o pessoal estava na maioria com carro estacionado no shopping, e como estava frio pra ficar na praça, foi consenso geral ficar por ali.
Então espalhei os cordéis no chão e fui falando um pouco sobre cada um.

A ideia era fazer um self-service, com o próprio público escolhendo o que queria ouvir, mas eu queria tanto "estrear" o cordel mais recente que o pessoal -gentilmente- topou.
Foi uma estreia bem especial. Um público especial, generoso, que foi ver uma coisa mas estava ali, de coração aberto pra arte, pra outras artes.
A apresentação foi breve: parece que a vedação acústica do teatro não era perfeita e os aplausos do lado de fora atrapalharam a apresentação oficial, de dentro do teatro.
Breves momentos de tensão, logo contornados.
O segurança Souza (abraço, meu amigo!) foi muito gentil e tudo se acalmou.

Daí pra frente, continuou uma conversa em roda menor, de pessoas que acreditam no fazer artístico, gente séria, de diferentes idades, envolvida com literatura. Gente apaixonada - bom conversar com gente assim. É desses momentos de encontro apaixonado que nascem ideias, projetos, novos encontros.

Obrigado a todos vocês ali presentes.
Antes de artistas, somos cidadãos.
Antes de cidadãos, parceiros.
Antes de parceiros, irmãos no mundo.

Acho que o episódio de hoje traz uma conclusão muito importante:
ainda que uma grande parte do público seja realmente motivada a sair de casa para ver apresentações com "artistas famosos, globais", esse mesmo público é bastante receptivo para novidades, para apresentações de arte que para eles é nova, desconhecida.

Não se deve, em hipótese alguma, subestimar a cabeça das pessoas.
Temos, todos nós, muitas fomes. Fome de Arte, por exemplo. Artes.
E pra quem tem fome, o mais importante não é o local. É o alimento.
"A gente não quer só comida..." , como diz a canção dos Titãs.

Só pra finalizar a história, um adendo: depois de tudo isso, enquanto rolava a cerveja numa padaria de bairro (Santana), o atendente -que não nos conhecia- perguntou se a gente morava por ali.
Respondi que não: a padaria dele "aconteceu" pra gente, sem nada combinado. Ele então disse uma frase que me arrepiou na hora por resumir a noite, com aquela sabedoria popular genial:
"Ah, o improvisado é quase sempre sempre melhor que o combinado!"

Ah, esse povo sabe das coisas!

12 de setembro de 2010

Pequeno poema em homenagem

...ao grupo Arte da Comédia, de Curitiba, pela peça "Aconteceu no Brasil..."

BRASIL 
por  toda  a  parte:
nesse  país - COMÉDIA
                         DEU
                           ARTE

10 de setembro de 2010

REDESATANDO-NOS

(Refletindo Sobre Arte em Espaços Públicos)

Como cidadão apaixonado por cultura popular, tenho interesse em acompanhar discussões sobre a rua como espaço de atuação (não apenas no sentido artístico). O texto de Adalton Alves (1) recentemente publicado traz à mente questões pertinentes.
Sébastian Charles (2) tem observações bastante interessantes, que se aplicam como diagnóstico (“como as coisas estão”). Aliás, o conceito de modernidade como “racionalização técnica do mundo” a meu ver engloba perfeitamente o que se tem visto nas artes também (há um bom tempo), com o predomínio dos efeitos visuais, a espetacularização sobrepondo-se às idéias etc.
Há também a exacerbação da própria mídia em si, com o gosto pelos “making of”, os “erros de gravação”, as “cenas excluídas” e por aí afora.
Como conseqüência do hiper-individualismo, também é fato que, hoje, dentro e fora das artes, “os indivíduos ligam-se a diversos grupos, criando novas formas de pertencimento conforme seu interesse”.
No entanto, se a “racionalização técnica” (das artes, do mundo) e o hiper-individualismo são diagnósticos, resta responder à pergunta: o que fazer?
Aí é que entra Marc Augé (3), a meu ver. Desde a leitura do livro dele (“Não-lugares”), frequentemente me questiono sobre a transformação (pós-moderna?) de lugares em não-lugares.
Exemplifico: no corre-corre do mundo atual, a rua também é um “espaço do viajante”, certo? Assim, num certo sentido poderíamos incluir “a rua” na lista de “não lugares” propostos por Augé (até mesmo com taxas associadas, se pensarmos em IPTU e IPVA, por exemplo).
Por outro lado, não dá pra generalizar: basta andar em certos bairros de cidade grande ou em ruas/praças de cidades pequenas pra ver que aí a lógica é oposta, e muitas vezes a rua é sim um lugar (até privilegiado) de encontro.
Uma proposta: atuar como cidadão (mais que como artista) não apenas nos "lugares estabelecidos", mas também (e principalmente) nos não-lugares. Buscar aí as identidades coletivas, trabalhar a noção de pertencimento, o senso crítico – há muito trabalho pela frente, e me parece claro que esta deve ser uma tarefa de muitos, e não “apenas para indicados”!
Enfim, essa é uma discussão que acho que precisa ser levada à sociedade como um todo - como aliás muitas discussões importantes nos dias de hoje. Acho que é chegado o momento de tentar conversar de um modo mais global, misturando mesmo trabalhadores de todas as áreas ou, melhor dizendo, “de todas as artes” - cozinhar e fazer jardinagem, por exemplo, são artes, certo?
A conversa sobre uma definição inclusiva de Arte é uma necessidade urgente para todos nós, creio. Fica a ideia para um diálogo. Aliás, um não: muitos!
Paulo Barja - paulobarja@ig.com.br


REFERÊNCIAS
1) ALVES, Adailton. HIPER, SUPER, PÓS: metáforas da contemporaneidade. Disponível em: http://teatroderuaeacidade.blogspot.com/ (consulta em 09/set/2010)
2) CHARLES, Sébastien. Cartas sobre a hipermodernidade ou O hipermoderno explicado às crianças. Trad.: Xerxes Gusmão. São Paulo: Barcarolla, 2009.
3) AUGÉ, Marc. Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Trad.: Maria Lúcia Pereira. 7ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2008. (Coleção Travessia do Século) 

8 de setembro de 2010

"Dois Toques" na Revista Continuum (Itaú Cultural)

Já entramos em setembro e só agora descobri: meu poema Dois toques foi publicado na edição de agosto/2010 da Revista Continuum, do Itaú Cultural. Segue a ligação direta para o poema:
http://www.itaucultural.org.br/revista/poema_futebol_paulo_barja.pdf
Este número da revista é uma edição especial sobre Futebol, vale a pena conferir o restante da revista:
http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2689

4 de setembro de 2010

Encontro com o mestre

Dia de muita (e boa) correria - saltando entre Apolo e Dionisio.
No fim da tarde, um tempo de calma: tempo de praça...
Então soaram as seis badaladas: as horas abertas!
Hora de ouvir o mestre: Luis Alberto de Abreu.
Depois, sair pra dar aula. Depressa
mas além de Chronos.
Vivenciando Kairos.

Ouvir o mestre toca a alma.
Faz os olhos brilharem.
Obrigado pela
Existência!

3 de setembro de 2010

Sarau - Flávio Craveiro

No fim de semana rolou um sarau muito, muito especial:
aniversário da Sonia Gabriel!
Momento ideal pra mostrar para o pessoal daqui um pouco da cultura que conheci em Aracaju:
"Canudos, a Canãa do Sertão..." - viva o mestre Zé Antonio!