20 de novembro de 2011

Consciência Negra

   A data se justifica: ainda há muito preconceito a vencer, inclusive aqui no Vale do Paraíba. E, aqui, além do preconceito racial, há o preconceito "geográfico": os nordestinos, que representam mais de 15% da população joseense (dados mais recentes do IBGE) ainda são discriminados.
   Defendamos a ideia de "Uma só raça" e também a de "UM SÓ PAÍS"!


19 de novembro de 2011

"Um Lugar Chamado Dropsie" - leitura dramática no SESC SJC

Para aqueles que vivem nos subúrbios da grande cidade,
muitas vezes apenas a esperança e os sonhos podem dar sentido à vida.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Conceição Castro, Evandro Valentim, Marcio Santamaria, Marianna Mar,
Paulo Barja, Thais Lopes
Música ao vivo: Paulo Barja
Direção: Wallace Puosso

15 de novembro de 2011

Capítulo brasileiro em livro europeu

   Acaba de sair na Europa o livro "Acoustic Waves - From Microdevices to Helioseismology":


   O livro tem um capítulo brasileiro sobre a utilização da técnica fotoacústica em pesquisa dermatológica, escrito por uma equipe do Laboratório de Fotoacústica Aplicada a Sistemas Biológicos (Jociely, Jorge, Sérgio e eu), e a notícia boa é que pode ser baixado livremente para consulta:


   Agradeço, mais uma vez e sempre, à Jociely, ao Jorge, ao Sérgio e a todos os demais alunos com quem já trabalhei. Trabalho conjunto é isso aí!

13 de novembro de 2011

Diário de um Processo (13) - Teatro-cordel


   Os meses de setembro e outubro foram dedicados pela trupe da peça "A Seca da Alma" a trabalhos diversos. Entre as atividades diretamente ligadas à preparação da peça, destacamos o treinamento semanal de corpo com a atriz Adriana Barja.
   Também neste período houve a mudança do nome do grupo, que passou a se chamar Cia Mundo Teatral, e uma mudança no elenco, com a saída da Anne Karoline (que vai estudar e cantar em terras paulistanas) e a entrada do Diego.
   Em consequência destas mudanças, foram feitas alterações na divisão dos textos da peça.
 
   Ainda estamos (sempre!?!) em processo.
 
   O maior desafio ainda é o de sempre: trazer as imagens da seca (e da história) para o público. Continuamos pedindo aos atores que visualizem as (muitas) imagens presentes no texto.
 
   Depois de vários meses de trabalho, chegamos enfim a uma proposta clara quanto aos personagens:
                                   - O pai
                                   - A mãe
                                   - A vizinha-comadre
                                   - O violeiro
 
   Também temos agora um modelo padrão para os cartazes e material de divulgação da peça, com a criação de uma xilogravura especificamente para "A Seca da Alma", feita pelo jovem Aron dos Santos, de Taubaté (também parceiro de criação de capas dos Cordéis Joseenses).
 
   Além de trabalhar na história da peça propriamente dita, seguimos nossa pesquisa contínua de notícias ligadas ao tema da peça (migração), com dois objetivos principais: 
1) manter sempre atualizada a seção inicial (teatro-jornal); 
2) estabelecer, cada vez mais, pontes entre os relatos orais/literários/históricos e nossa realidade atual. 
   Nesse momento de "efervescência criativa" (a próxima apresentação do grupo está marcada para 19/11), uma notícia publicada hoje no jornal O Vale chama a atenção para o fato de que, no século XXI, a cidade de São José dos Campos continua sendo campeã regional em número de migrantes. De fato, esta parece ser uma característica fundamental de São José, que justifica e amplia o sentido de nosso trabalho na peça.
   A respeito da matéria publicada na imprensa, enviei ao jornal o seguinte comentário, que proponho aos atores que seja incluído no início da peça:
  " Nos últimos 20 anos, quase 90 mil pessoas migraram para São José dos Campos, ajudando a construir a identidade joseense neste início de século XXI. Grande parte veio do Nordeste. São migrantes - e são joseenses. E cada uma dessas pessoas merece o nosso respeito e o nosso agradecimento - não importa o bairro onde moram. "

* para saber mais sobre nosso processo de criação em "A Seca da Alma", digite "processo" ou "Seca da Alma" na caixa de pesquisa à esquerda, no alto do blog.

(continua)

NÃO

(sobre USP, Pinheirinho e governos principescos que abusam da violência)

eu posso discutir ocupação,
mas não posso aceitar fuzil na mão;
já disse, digo e sempre direi não
à violência contra o cidadão

12 de novembro de 2011

"A Seca da Alma" - Dia 19/11, às 20h

   Após um bom período, já estava na hora de voltar: "A Seca da Alma" terá nova apresentação no próximo dia 19/11, às 20h, no Centro de Estudos Teatrais (CET), Parque da Cidade, em São José dos Campos.
   O trabalho utiliza a poesia - e, em particular, a métrica do cordel - para falar sobre a dura vida das pessoas atingidas pela seca no sertão.
   A trupe resolveu alterar o nome: agora o grupo se chama Cia Mundo Teatral.
   Compareçam!

10 de novembro de 2011

Era uma vez...

... um governo principesco que se prolongava por mais de uma década, numa próspera cidade do Vale Encantado que, no entanto, tinha muitos problemas a resolver. Mas o governo achava melhor NÃO fazer nada, pois percebia que, com o apoio dos arautos da comunicação, continuava ganhando as eleições assim mesmo.
   O tempo passava (com aquela lerdeza típica dos contos de fada antes do surgimento do elemento de conflito)... 
   Um dia, a bela (cidade) adormecida começou a acordar... primeiro acordaram as partes mais novas, aquelas que ainda estavam em formação e, por isso mesmo, não tinham como estar acomodadas; aos poucos, os demais começaram a se espreguiçar...
   À medida que a bela adormecida acordava, o governo principesco começava a sentir uma coceirinha... e começou a aparecer também uma vermelhidão preocupante, em vários locais. Por fim, o governo principesco resolveu consultar o Grande Médico Estadual. Este destacou um Especialista em Medicina (E.M.), Manuel, pra voltar à região e acabar com a tal coceira. Ele foi...
   Após alguns exames preliminares, perceberam que era hora de agir. Mas como? Perceberam então que seria estratégico garantir os privilégios dos nobres da cidade, que assim se uniriam para perpetuar o governo principesco.
   Começaram então uma batalha para tomar as terras onde moravam vários camponeses, há muitos anos. A ideia era: expulsemos os pobres para longe, onde o barulho deles não nos atinja...

-  e aí, como continua esta história?  -

9 de novembro de 2011

Dois toques

(este poema - postagem de número 200 no blog - vai como homenagem ao querido Neymar, pelo compromisso com a alegria de jogar bola, e com um abraço ao Julinho Bittencourt, pela parceria que apenas se inicia: vamos tocando!)


Manda
        Passa
                Corta
                        Limpa
Cruza
        Chuta
                Dribla
                        Finta

Não se intimida,
   mas não entra na catimba:
sai do zagueiro,
   enche o peito, mira e... pimba!
E comemora,
   no campo de terra e lama,
como se fosse um verdadeiro REI da grama

Corre
        Pára
                Olha
                        Lança
Solta
        Marca
                Vira
                        Dança!


obs.: poema originalmente publicado na Revista Itaú Cultural

4 de novembro de 2011

Matemática do Amor


Matemática do Amor
é algo meio engraçado:
Amor, quando dividido,
resulta multiplicado

Quando ao Amor é somado
todo o peso do ciúme,
a soma então diminui
e nem sempre há quem arrume

Porém, com a subtração
do egoísmo e da vaidade,
o Amor passa a valer mais
e fica bom de verdade

Alguém pode até pensar:
como Amor é complicado!
Mas quem estuda demais
pode acabar reprovado.

Melhor é deixar fluir,
sem ficar só calculando,
pois Amor, falando sério,
só se aprende mesmo amando.

Paulo R. Barja,
novembro/2011

Música não é (só) matemática...

   Acaba de sair em livro o projeto de doutorado em história da ciência da pesquisadora Carla Bromberg, realizado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo com Bolsa FAPESP. No trabalho, ela apresenta as ideias de Vincenzo Galilei, músico e pai de Galileu.
  Ainda não li, mas estou desde já encantado com o trabalho, a partir da matéria publicada pela Fapesp:
  Parabéns, Dra. Carla!