12 de janeiro de 2011

Soneto do que não se desgasta


Não se desgasta o que é memória intensa
E, renovada, cresce ainda mais:
Caetano em Sampa, o Milton no Cais
e Amor, que alegra com sua presença.

Não se desgasta o que não tem mais pressa:
da Idade Média, chegam trovadores
mostrando versos arrebatadores
ainda hoje. Que magia é essa?

Não se desgasta o que é tão justo e bom,
pois que nos deixa de alma comovida:
McCartney inda não perdeu o tom.

Não se desgastam pontos de partida:
Dante, Villon, Camões, Shakespeare, Drummond...
E o Tom é trilha boa. Alguém duvida?

  Paulo R. Barja
(Jan/2011)     

2 comentários:

  1. Fabuloso Paulo! Relembrei de noites intermináveis de música e poesia em seu apartamento em Santos... Os idos dos anos 80 e 90 não me saem jamais da memória...

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  2. nossa o andre mandou muuuuito bem...eh exatamente o sentimento, a lembranca..a rede, a boa musica, as muitas risadas...to chegando no brasil na segunda
    vamos nos ver tds?
    saudades

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