13 de dezembro de 2013

Gata de Alice (soneto)


Às vezes você bem que se parece
com o gato de Alice, que flutua
e some de repente, sob a lua
- apenas o sorriso permanece.

No entanto, com você se dá o inverso:
o seu sorriso some. Vai aonde?
Você é que permanece. Ele se esconde
- flutua em algum ponto do universo.

Você fica incompleta sem sorriso
até que se aproxima um pensamento:
“Pra que ser sempre escrava do juízo?”

Ronrone, lamba as patas, pule, cace,
revire as latas, viva o seu momento
e sinta o que sob o bigode nasce !

P. R. Barja

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