(um soneto escrito em 2002 e retomado em 2008, em homenagem ao pão - na minha modesta opinião, uma das 10 melhores invenções da história da humanidade; faz todo sentido que seja um elemento simbólico também)
Comer o pão com todos os sentidos
Usar as mãos para partir a massa
Ouvir a casca que se despedaça
Ao desnudar o interior macio
Comer lambendo-se a cada mordida
Gozar o aroma, sentir a textura
Sorver o instante de delícia pura
Comer o pão como quem bebe a vida
Comer o pão estando inteiro ali
Provar seu gosto e desfrutá-lo em si
Compreender a inteira sensação
Comer olhando, com calma e tesão
Unir-se a ele numa comunhão
Tocar, entrar, fundir, comer o pão
P.R.Barja
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