Além das (maravilhosas) fotos do Sebastião Salgado, vamos aos poucos juntando outras referências visuais para o trabalho - ligadas, em geral, à ideia da diáspora a que tantos trabalhadores são obrigados. Abaixo, apresentamos algumas dessas imagens que nos marcaram. A primeira é uma foto de 1929, em que a mãe americana é obrigada a encarar a dura realidade da crise - ela sofre, mas mantém a dignidade e não esquece sua função de protetora dos filhos.
Mãe emigrante (Dorothy Lange, 1929) |
Das fotos abaixo, a primeira foi capa da National Geographic em 1984 e levou McCurry a obter reconhecimento internacional. Nem todos sabem, porém, que ele voltou ao Afeganistão em 2001, em busca da mesma garota - e a encontrou. Observem a força ainda presente nos olhos e, por outro lado, as duras marcas do tempo no rosto dela.
Garota/mulher afegã (McCurry, 1984/2001) |
Por fim, temos a foto de um ícone brasileiro em momento particularmente difícil: Caetano Veloso, durante o exílio em Londres (1970). Caetano encerra esse disco cantando provavelmente a versão mais rasgadamente pungente de Asa Branca - na opinião do próprio autor da música, Luiz Gonzaga. Ao ver a capa do disco, Gonzaga diz ter percebido imediatamente a identificação de Caetano com a letra de Humberto Teixeira para a melodia tradicional nordestina:
"Eu te asseguro: não chores não, viu
que eu voltarei, viu, pro meu sertão"
(continua)
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